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Alta do custo da energia chegará ao consumidor este ano, diz especialista

As altas temperaturas vem provocando problemas na geração de eletricidade. Choveu pouco e o governo está usando cada vez mais a energia produzida pelas usinas térmicas. É uma produção recorde. O Bom Dia Brasil tem mostrado que essa energia é mais cara.

Por enquanto a chuva dos últimos dias ainda não aliviou o peso dessa conta.
Ainda tem que cair muita água para encher os reservatórios das usinas hidrelétricas.
Segundo os especialistas, com o acionamento das térmicas, o aumento do custo deve chegar ao bolso dos consumidores ainda este ano.

A chuva dos últimos dias ainda não foi suficiente para trazer alívio ao setor elétrico. Tem que cair água, e muita, sobre os leitos dos rios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde fica a bacia responsável por quase 70% da geração de energia hidrelétrica do país.
O nível dos reservatórios nessas regiões está em 35,54% – o que é pouco.

O relatório mais recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que este deve ser o segundo pior fevereiro dos últimos 84 anos em volume de água nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste. Para o Nordeste, deve ser o pior mês de fevereiro desde 1931.

O jeito tem sido apelar cada vez mais para usinas termoelétricas. Elas já bateram recorde de geração este mês. E na semana passada, o governo decidiu aumentar ainda mais o uso das térmicas – de 14.900 megawatts para 16 mil megawatts.
O governo diz que está tudo sob controle. Que as térmicas estão aí para garantir que não falte energia enquanto a estiagem persistir. Mas isso tem um custo. As usinas térmicas são movidas a combustíveis como óleo diesel e gás, derivados do petróleo, e que são caros.

Pouco mais da metade das usinas térmicas do país são movidas a gás – 51%; 21% a óleo (combustível e diesel); 16% usam o carvão; e o restante, 12%, são nucleares.

Ano passado, o governo usou dinheiro do Tesouro para evitar que o alto custo da energia térmica chegasse de uma vez ao bolso do consumidor. O especialista Adriano Pires calcula que a conta deve chegar a R$ 20 bilhões este ano.
“Em algum momento vai parar na conta do consumidor. Então, imagino que depois das eleições, inevitavelmente, nós vamos ter aumento de tarifa de no mínimo 4%, 5%, 6% para frente, porque o governo não vai poder continuar assumindo esse buraco fiscal que ele assumiu nos últimos dois anos, em função de cumprir promessa da presidente Dilma da gente ter uma tarifa de energia elétrica mais barata”, acredita o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Sobre essa questão de reflexo na conta, o possível aumento da energia, o Ministério De Minas e Energia não quis fazer comentários.

Fonte: G1 – Bom dia Brasil

Veja mais: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/02/alta-do-custo-da-energia-chegara-ao-consumidor-este-ano-diz-especialista.html

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