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Eólica já é a segunda fonte de energia mais competitiva no País

  • Resíduos Sólidos
  • fevereiro 6, 2014

O histórico de investimentos e desenvolvimento da energia eólica no País é recente e, justamente por isso, é tão impressionante. Apenas dez anos separam a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) – que assegurou investimento em pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e energias eólica e solar – do atual momento, considerado “excepcional” pela presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo.

Em 2013, foram realizados três leilões para contratação de energia alternativa, e a eólica respondeu por mais da metade (4,7GW) do total contratado (7,7GW). “Foi um ano em que a eólica cresceu muito em contratação. Hoje, é a fonte com a qual o País mais pode contar”, comemora Elbia. Para coroar ainda mais os resultados alcançados, todo o crescimento veio acompanhado da redução no custo de produção.

Basta acompanhar a redução apurada desde 2006, quando o custo de produção de energia eólica era de R$ 300,00 por MW/h, e 2010, ano em que o preço para produção alcançou R$ 140,00 por MW/h – mais próximo dos R$ 90,00 por MW/h da energia hidrelétrica. “Foi quando a energia eólica passou a ser a segunda fonte mais competitiva do País”, detalha Elbia.

O primeiro parque eólico do País foi instalado em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, pela Enerfin, empresa do grupo espanhol Elecnor, que hoje responde também pelo parque de Palmares do Sul. Juntos, os parques de Osório e de Palmares do Sul atingem 15% da capacidade energética eólica instalada no Brasil.

Atualmente, a Enerfin opera com 125 torres em Osório e 25 em Palmares do Sul, com potência total de 300 MW, suficiente para abastecer anualmente o consumo residencial de cerca de 1,2 milhão de habitantes. Os investimentos da empresa vieram acompanhados de ações socioambientais e educacionais na região, como o projeto de revitalização das lagoas Marcelino e Peixoto e a construção de uma nova estação de tratamento de esgoto em Osório. Na área da educação, o Museu de Ciência e Tecnologia da Pucrs, em Porto Alegre, terá um espaço dedicado às informações sobre o complexo eólico de Osório.

A presidente da ABEEólica lembra que a construção do pioneiro Parque Eólico de Osório “trouxe bastante experiência ao País para entender a qualidade do vento brasileiro”.

Hoje, não há dúvida: “O vento no Brasil é muito melhor em termos de produção do que em outros países do mundo”. A produtividade brasileira é de 50%, enquanto a média mundial é de 30%, compara Elbia. Os bons ventos levam a energia eólica para um futuro promissor. Até 2018, a fonte, que hoje representa 3% da matriz energética do País, deve totalizar 8% da energia gerada.

E tem tudo para crescer, tornando-se cada vez mais competitiva. Para a presidente da ABEEólica, a energia eólica está consolidada e busca, agora, a sustentabilidade de longo prazo. A capacidade atualmente instalada é de geração de 120GW, mas o potencial é de 350GW. A demanda também aumenta cerca de 5GW, com a oferta crescendo em torno de 2GW por ano. “A tecnologia tende a evoluir e ampliar a competitividade”, salienta.

Elbia não refuta que existem desafios a serem vencidos, sobretudo os vinculados à infraestrutura e logística do País, mas que não chegam a ser entraves ao desenvolvimento da energia eólica.

Empresa surgiu em plena crise
O Brasil vivia uma das piores crises energéticas da história quando Ricardo Delneri, ao lado do amigo Renato Amaral, fundou a Renova – hoje a maior empresa de energia eólica do País. Embora os preparativos tenham começado um ano antes, foi em 2001 que a empresa realmente começou a operar.

A carteira de projetos tinha apenas três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), incluídas no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). A equipe também era pequena, no máximo de 12 pessoas. Em 2006, quando os dois sócios decidiram apostar na força dos ventos, o escritório teve de ser ampliado. “Trouxemos até gente do exterior para ajudar nos estudos. Aqui ainda havia poucos profissionais”, diz Delneri.

Ele conta que o começo não foi fácil. “Poucos loucos acreditavam num preço tão competitivo para a energia eólica. Nem nós. A gente imaginava que fosse uma fonte complementar.” Mas, apesar da desconfiança, eles se prepararam e chegaram ao primeiro leilão de eólica, em 2009, como favoritos. “Vendemos 14 projetos de 294 MW no leilão, em Caetité, na Bahia.”

Daí para a frente, os negócios foram se expandindo numa velocidade surpreendente. Em 2010, a Renova já estava tão bem estruturada e com tantos projetos que conseguiu lançar suas ações na BM&FBovespa, sendo a primeira empresa de energia renovável com papéis na bolsa. Desde então, Delneri e Amaral reduziram a participação – para 30% – na empresa para a entrada de Light, BndesPar e Cemig.

Na avaliação de Delneri, uma das explicações para o sucesso da Renova é o desapego que tanto ele como Amaral têm em relação aos negócios. “A questão da escala é muito importante. Por isso, escolhemos o caminho das parcerias”, conta ele, que parou a Faculdade de Administração no terceiro ano.

Delneri conheceu Amaral durante o serviço militar, no Exército. Desde então, sempre estiveram juntos nos negócios. A primeira empreitada foi uma agência de turismo montada com o dinheiro emprestado da mãe. Depois vieram uma companhia de seguro e uma asset management, até fundarem a Renova.

Filho de um ex-funcionário do Banco do Brasil, Delneri sempre foi ansioso, nunca trabalhou como funcionário de uma empresa, nunca tirou uma carteira de trabalho nem fez um currículo na vida. Hoje, embora tenha vendido parte da Renova, continua com 30% da empresa. A presidência da empresa, no entanto, foi profissionalizada.

O comando da maior empresa de energia eólica está nas mãos do engenheiro Mathias Becker. A Renova tem 1,8 mil MW de capacidade. Desse total, 300 MW já foram concluídos e 400 MW devem ser terminados no início de 2014, diz Becker. O restante vai ser iniciado a partir de 2015. “A Renova detém 12% de tudo que foi vendido até agora nos leilões”, diz o presidente da empresa. Segundo ele, a companhia tem um estoque de 13 mil MW em fase de medição e que podem ser tirados do papel.

Opção resistiu aos tempos difíceis
Nem nos tempos mais difíceis o engenheiro Odilon Camargo questionou a escolha que fez pela energia eólica ainda na época da faculdade. Embora fosse apaixonado por aeronaves (voava de planador, asa-delta e havia tirado brevê como piloto de monomotor), foi arrebatado pelo apelo da fonte renovável.

Ele lembra com detalhes daquela tarde no hall do alojamento do ITA, quando ouviu pela primeira vez um colega falar sobre a criação de um grupo de pesquisa de energia eólica no Instituto de Atividades Espaciais. “Na hora, peguei minha bicicleta e fui para lá. Encontrei o chefe do laboratório (Cel Libório Faria) com uma pá de aerogerador americano e comecei a analisar o equipamento junto com ele. Vi que podia fazer mudanças significativas para melhorar a aerodinâmica do equipamento. O chefe nem me conhecia, mas fui contratado na hora como estagiário.”

Não demorou para ele convencer Bento Koike – seu amigo de classe e de apartamento – a entrar no grupo. “Estávamos no quarto ano e era hora de buscar um rumo para a tese de graduação. Escolhemos fazer uma turbina eólica.” Após a conclusão do curso, os dois amigos trabalharam juntos no Centro Técnico Aeroespacial (CTA) até 1983. Depois, foram para a Alemanha participar do projeto de construção de um dos primeiros aerogeradores do mercado alemão – conhecido como Adler 25.

De volta ao Brasil, tiveram de se virar enquanto a eólica não prosperava. Chegaram a trabalhar com propaganda de TV (veiculada em São José dos Campos e Curitiba) e fabricação de ventiladores industriais. “Eu projetava e o Koike produzia. Foi um sucesso. Até exportávamos o produto.” Camargo só ganhou notoriedade no setor após elaborar, em 1999, o mapa eólico do Paraná, baseado em topografia e rugosidade. “Foi um trabalho pioneiro. Naquela época, não tinha Google Earth nem modelo topográfico digital. Tudo era mais difícil.”

Para concluir o trabalho, lembra ele, teve até de pegar carona num helicóptero da Copel (que fazia inspeção nas linhas de transmissão) para mapear locais de difícil acesso. “Mas, no fim, o trabalho causou grande impacto no setor. A partir daí, todo mundo queria um mapa, inclusive empresas privadas, e os estados da Bahia, do Rio Grande do Sul e do Ceará.”

Com o título de Rei dos Ventos, em 2001 o engenheiro foi contratado pelo governo federal para elaborar o mapa eólico do Brasil. Mas aí as condições eram outras, com modelos de medição mais refinados. Hoje, Camargo tem até equipamentos a laser para medir a velocidade do vento em áreas com topografia mais difícil. Sua empresa – a Camargo Schubert – é responsável pela certificação dos projetos de 60% dos ganhadores dos leilões realizados a partir de 2009.

Turma do ITA revolucionou a energia
Foi do quintal do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), especificamente do alojamento H8, projetado por Oscar Niemeyer, que saíram alguns dos principais personagens do recente sucesso da energia eólica no Brasil. Da turma de 1977, pelo menos três amigos sucumbiram ao apelo da fonte renovável, que até 2018 vai acrescentar investimentos de R$ 37 bilhões ao País.

Bento Koike se tornou o segundo maior produtor mundial de pás com sua Tecsis, Odilon Camargo virou o maior medidor de ventos do Brasil e Mário Araripe, um grande investidor e desenvolvedor de projetos. A história começou num trabalho de graduação na segunda metade da década de 1970, no rastro do choque do petróleo que assombrava o mundo e obrigava governos a buscarem novas tecnologias para reduzir a dependência pelos combustíveis fósseis. No Centro Tecnológico Espacial do ITA, as novidades pipocavam: a Embraer iniciava a produção do Bandeirante, o motor a álcool estava em pleno desenvolvimento e o projeto do lançador de satélites havia começado.

Embora fossem assuntos instigantes, os três engenheiros seguiram horizontes bem diferentes. Cada um, a seu tempo, apostou no desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Camargo e Koike sempre estiveram juntos no longo caminho até o sucesso, desde a construção de um aerogerador na tese final do curso do ITA. Araripe chegou por último no setor (em 2006), quando a fonte de energia começava a deslanchar.

Se hoje dizem que os engenheiros tiveram sorte, eles lembram que, até meados da década passada, falar de energia eólica soava como poesia. A fonte renovável não tinha competitividade nem interesse por parte do governo brasileiro, que só pensava nas grandes hidrelétricas. A virada ocorreu em 2009, no primeiro leilão de eólica. Com a crise internacional, o consumo de energia recuou no mundo todo e os projetos de novas usinas foram paralisados, deixando as fábricas de equipamentos com a capacidade ociosa elevada, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

Como o Brasil saiu rapidamente da crise e o consumo de energia passou a crescer, os fabricantes globais se voltaram para o País, montaram fábricas, criaram competição no setor e aprimoraram a tecnologia. O preço da energia caiu de R$ 300 o MW/h para algo em torno de R$ 100. Com o apetite apresentado pelos investidores, o governo resolveu repetir a receita nos anos seguintes.

No ano passado, não teve pra ninguém – nem mesmo para as hidrelétricas. Foram contratados 2,3 mil MW, um recorde, diz a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo. Segundo ela, o País fechou o ano com 3,6 mil MW de capacidade instalada – 3% da matriz elétrica. Até março, serão 7 mil MW e, em 2018, 13 mil MW – 8% da matriz.

“A sinalização dada com os leilões foi fundamental para o investidor apostar no setor. Hoje temos nove fábricas (de equipamentos) no País”, diz a executiva. A chegada de multinacionais permitiu o avanço da tecnologia para aproveitar melhor o vento e dar mais competitividade à fonte de energia – que hoje só perde para a energia hídrica. Elbia lembra que o potencial do Brasil aponta para 350 mil MW que ainda podem ser explorados – sinal de que os três engenheiros ainda terão muito trabalho pela frente.

Fonte: Jornal do Comércio
Veja mais: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=153314

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