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Falta de energia impulsiona venda de gerador em Rio Preto

No início do ano – período mais chuvoso – a região noroeste paulista registrou alguns cortes de energia por causa de tempestades. Agora entramos nas estações mais secas e a preocupação é com o risco de apagões por uma possível redução na produção de energia nas hidrelétricas.

Apesar da pouca recuperação no nível dos rios, as autoridades dizem que esse risco não existe. Mesmo assim, vários segmentos da indústria e dos serviços que dependem da eletricidade não pensaram duas vezes e gastaram milhões de reais em geradores de energia.

Nos últimos meses, as constantes quedas de energia tem tirado o sono do empresário Paulo Henrique Pereira, que tem uma sorveteria na região norte de São José do Rio Preto (SP). Ele não gosta nem de pensar na possibilidade de ficar sem força. “Isso é nosso “ganha pão”, para os clientes é uma diversão e manter o produto na temperatura certa para que não perca qualidade, sabor, nem densidade, depende do armazenamento correto”, comenta Pereira.

As geladeiras ficam ligadas 24 horas a uma temperatura média que varia de 13° a 15° graus negativos. A preocupação do empresário teve início quando começaram a falar em apagão. “Bateu o desespero, porque não tem uma política clara, as autoridades e até mesmo a concessionária de energia elétrica não definiu nada a questão de se vai faltar, como vai ser, qual o procedimento. Falou-se muito em aumentos, mas em fornecimento de energia não tem uma definição clara por parte das autoridades”, acredita Pereira.

Diante desse cenário de incertezas, muitos empresários com medo de ficar as escuras estão investindo na compra de geradores. O dono de uma padaria de Rio Preto, Humberto Luís da Silva já havia investido em um, mas agora comprou outro gerador mais potente. “Tememos um apagão porque a falta d’água é notória. Nós estamos com problema muito sério nas nossas represas e a consequência é a falta de energia. E com isso vem o medo desta empresa, com 100 funcionários, parar de operar por falta de energia, isso pode provocar um colapso financeiro porque o custo não para a gente quer se precaver”, comenta Silva.

A preocupação dos empresários impulsionou as vendas de geradores na região. Em uma fábrica de Rio Preto, a procura dobrou nos últimos meses e já não há mais peça no estoque. “Antes trabalhávamos com pronta entrega, hoje precisamos de até 60 dias para entregar, tudo que tínhamos foi vendido e temos muitos novos pedidos”, diz o empresário Milton Constantino.

O tamanho e potência dos geradores variam bastante, assim como os preços. Os maiores, capazes de manter máquinas industriais funcionando, chegam a custar R$ 200 mil.

 

 

 

Fonte: G1

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