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Financiamento para geração de energia é negociado entre Richa e BNDES

O governador Beto Richa reuniu-se nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, com o vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt de Oliveira, e apresentou três projetos de geração de energia, da Copel e da Sanepar, que precisam de financiamentos.

“São projetos subordinados à nossa visão de desenvolvimento econômico sustentável”, afirmou o governador Beto Richa. O governador também apresentou um projeto da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que prevê produção de energia de biomassa.

Richa disse que a Copel e a Sanepar estão cumprindo o seu papel no desenvolvimento paranaense, ao apresentar projetos que têm um sentido estratégico para o Estado.

O maior financiamento solicitado é para projetos de investimentos da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Serão R$ 2,7 bilhões. “Com a contrapartida da estatal o investimento total em geração de energia pela companhia será de R$ 5,4 bilhões”, explicou o governador.

A Copel possui um total de R$ 2,7 bilhões de pleitos de financiamentos junto ao BNDES. Os recursos estão relacionados a projetos de seu programa de investimentos, como parques eólicos no Rio Grande do Norte, usinas hidrelétricas no Paraná e linhas de transmissão no Estado de São Paulo. O percentual de um projeto a ser financiado pelo BNDES é definido antes do leilão do empreendimento, e o vencedor do certame tem a atribuição de solicitar a liberação dos recursos no banco.

ENERGIA DO LODO – Já a Sanepar planeja investir R$ 39 milhões para gerar energia através do lodo de esgoto. A Sanepar é, atualmente, o maior cliente em saneamento do BNDES, com uma carteira de R$ 1,6 bilhão em financiamentos. Os recursos estão sendo aplicados na melhoria de desempenho das estações de tratamento de esgoto e construção de novas unidades de tratamento de água.

SUCROALCOOLEIRO – O projeto da Faep prevê R$ 200 milhões para colocar em prática um projeto de geração de energia da biomassa, a partir do bagaço da cana, e outros R$ 300 milhões para investimentos no setor sucroalcooleiro paranaense. “A proposta da Faep, particularmente, tem importância fundamental para o resgate do setor sucroalcooleiro, que foi praticamente abandonado”, disse o governador.

Para sair da atual situação de crise, os representantes do setor elaboraram o Programa de Reativação do Setor Sucroenergético do Paraná, que prevê investimentos privados de R$ 4,5 bilhões, em três anos. A meta é aumentar o plantio e ampliar a exportação de cana-de-açúcar.

OFERTA DE ENERGIA – Com o aumento do plantio e aplicação de novas técnicas, a meta é aumentar em 3.251 Gigawatt/hora a oferta de energia elétrica em 13 usinas, que representam 46% do parque industrial paranaense.

O acréscimo de energia elétrica é resultante da utilização da palha da cana e da melhoria de eficiência dos equipamentos para queima do bagaço. A energia da biomassa representa 7,6% da matriz de energia elétrica no Brasil. Adicionado o etanol, a participação dos derivados da cana-de-açúcar na matriz energética brasileira de 2013 chegou a 16,1%.

NO PARANÁ – No Paraná, o setor sucroenergético criou na safra 2015 mais de 65 mil empregos diretos e 150 mil indiretos. A renda gerada na safra foi superior a R$ 4,5 bilhões e distribuída basicamente em pequenos e médios municípios do interior do Paraná.

Acompanharam o governador na reunião no BNDES secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo, e o chefe de gabinete e secretário da Comunicação Social, Deonilson Roldo.

 
Fonte: Agência de Notícias do Paraná

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