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IPT irá elaborar PRGIRS da Baixada Santista/SP

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) irá elaborar o Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Baixada Santista (PRGIRS/BS). O órgão firmou convênio com a Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), na sede da agência, em Santos.

O prazo para conclusão dos estudos é de um ano. O trabalho está orçado em R$ 700 mil e será financiado com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

“É uma questão que já passa da hora de buscar uma solução regional porque, naturalmente, nenhum município individualmente obterá essa solução. Nós pretendemos com esse fórum, que consideramos com estados, munícipios e demais secretarias que estão envolvidas neste tema, o fórum extremamente adequado para o processo de desenvolvimento de um plano como esse. Nós temos todas as personagens, todos os instrumentos para chegar a uma proposta concreta de solução e encaminhamento. Com os vetores técnico, tecnológico, social e ambiental cumpridos. Esse é o desafio”, comentou o diretor-executivo da Agem, Hélio Hamilton Vieira Júnior.

Por intermédio do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas, que integra o Centro de Tecnologias Geoambientais (CTGeo), o IPT fará estudos na região para avaliar as especificidades do resíduo urbano e indicar propostas para solucionar os problemas de forma integrada entre os municípios da região.

O plano levará em conta os aspectos social, ambiental e econômico. Com isso, ele deve incluir soluções para arranjos municipais, mecanismos e instrumentos que visem à universalização da coleta seletiva, a logística reversa, o tratamento, reuso e reciclagem de material, o gerenciamento da destinação final, ações de inclusão social, além de alternativas técnicas e tecnológicas para mitigação dos impactos ambientais.

Aterro

Uma das preocupações do plano regional é a questão do aterro sanitário do Sítio das Neves, na Área Continental de Santos. Estima-se que a Baixada Santista gere 1,9 mil toneladas de resíduos por dia, sendo que sete das nove cidades da região enviam o lixo para o mesmo aterro.

O equipamento está com a vida útil próxima do esgotamento, o que deve ocorrer em cerca de 14 meses, o que aumenta o desafio que o IPT terá pela frente.

“Importante encontrarmos a melhor combinação de alternativas tecnológicas que resolva, da melhor forma possível, esse problema. É um grande desafio, mas acho que existe boa vontade política e social. Essa região é belíssima, a gente está no litoral, tem uma área de preservação ambiental importante do Estado. Estamos em boas condições de encontrar uma solução técnica e social adequada”, disse Cláudia Echevenguá Teixeira, pesquisadora do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas.

A pesquisadora também alerta para o prazo curto e acredita que será necessária uma solução temporária antes da ­definitiva.

“Não tem mágica. Vamos ter que encontrar soluções intermediárias até ter uma solução mais definitiva. O que há um entendimento é que esse sistema que precisamos montar envolve a geração, o transporte, o manejo e alternativas tecnológicas, tanto para matéria orgânica quanto para o reciclável e até chegar, talvez, no aproveitamento energético”, ponderou Cláudia.

Plano piloto em Bertioga pode ser embrião para plano regional

O IPT já desenvolve um plano piloto na cidade de Bertioga desde dezembro de 2015. A proposta inclui a incorporação de tecnologia que possibilite o aproveitamento do material para geração de energia, minimizando o volume destinado à deposição final.
Na visão de Cláudia Echevenguá Teixeira, o plano pode ser um embrião para o plano regional que será ­desenvolvido.

“Esse projeto que estamos desenvolvendo em Bertioga será o embrião para um prognóstico no sentido de criar esses parâmetros, essas informações que vão nos auxiliar a definir os termos de referência e que tipo de alternativas tecnológicas vamos sugerir que sejam implantadas na Baixada Santista”, comentou.

A pesquisadora falou sobre o projeto realizado na cidade.

“Estamos tentando instalar, em escala piloto, algumas tecnologias de separação para melhorar o sistema, que hoje é basicamente esteira de catação, para dar mais velocidade na separação dos materiais. Estamos estudando uma rota biológica, uma biodigestão anaeróbia que tem um conceito chamado de ‘túnel de metanização’. Também estamos analisando alternativas de rotas térmicas como pirólise e gaseificação, e também os ensaios em termos de incineração para avaliar se isso tem algum potencial, de fato, na região. Tentamos encontrar tecnologias que sejam compatíveis com a nossa realidade, com a premissa de poder reciclar os materiais, diminuir a quantidade de resíduos que vão para os aterros e, se possível, agregar valor também na valorização energético. Esse tem sido o pano de fundo técnico do projeto”, explicou.

Fonte: Diário do Litoral

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