saneamento basico

ITAIPU comprova que grandes hidreletricas são viáveis

O sucesso da Itaipu Binacional na promoção de iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável, como o Cultivando Água Boa (CAB), veículos elétricos e geração a partir de biogás, comprova que grandes projetos hidrelétricos são viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Essa é a opinião do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que participou da cerimônia de abertura da 12ª edição do “Encontros e Caminhos CAB: 11 anos BP3+Sustentável”, realizada no Rafain Expo Center, em Foz do Iguaçu (PR) e se estendeu até o dia 20 de novembro de 2014..

“No momento em que o Brasil precisa ampliar seu parque gerador, Itaipu permanece à frente, como exemplo de que é possível construir grandes hidrelétricas respeitando o meio ambiente e promovendo o desenvolvimento nacional. No caso da Itaipu, isso também se estende ao Paraguai e a outros países vizinhos”, afirmou Lobão.

A abertura do encontro do CAB foi marcada pela consolidação do programa socioambiental da Itaipu como uma ação de cooperação internacional do Brasil. Na ocasião, com a chancela do Comitê Intergovernamental Coordenador da Bacia do Prata (CIC), as binacionais de Salto Grande (Uruguai-Argentina), Yacyereta (Paraguai-Argentina) e Itaipu firmaram um convênio que oficializa o compartilhamento da metodologia de gestão participativa e recuperação de microbacias hidrográficas do CAB.

A metodologia será aplicada em seis microbacias da Bacia do Prata. Além dessas, microbacias localizadas na Guatemala, República Dominicana e Espanha, relacionadas a hidrelétricas e mineradoras, também adotaram essa metodologia. “O Cultivando Água Boa é um belo exemplo dessa visão generosa e responsável da Itaipu, de gestão que une a eficiência econômica, a justiça social e a responsabilidade ambiental”, acrescentou Lobão, que afirmou que as experiências de Itaipu também são referência para novos projetos hidrelétricos no Brasil. E complementou: “Itaipu é um grande exemplo e orgulho para o País”.

A programação incluiu uma série de palestras e mesas-redondas sobre temas socioambientais, como alimentação agroecológica e consumo consciente, e os novos desafios dos objetivos do milênio. As atividades culturais incluíram o lançamento do filme “Agua e Cooperação: reflexões para um novo tempo”, do diretor João Amorim.

Com a chancela do Ministério das Relações Exteriores, o CAB tornou-se um programa de cooperação do governo brasileiro com países da América Latina e pode se estender para a África. Criado em 2003, o CAB conquistou o reconhecimento internacional entre as melhores práticas de gestão de bacias hidrográficas e de mobilização comunitária para a solução de problemas socioambientais, além de se constituir em referência para novos projetos hidrelétricos.

O Cultivando Água Boa é desenvolvido nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3. O CAB é composto por 20 programas e 65 ações que envolvem recuperação de microbacias, proteção das matas ciliares, cultivo de plantas medicinais, produção de peixes em tanques-redes, monitoramento e avaliação ambiental, entre muitas outras iniciativas, todas permeadas pela educação ambiental.

A dimensão do CAB se reflete na mobilização de cerca de 2 mil parceiros – prefeituras e outros órgãos de governo, empresas, ONGs, instituições de ensino, cooperativas e associações comunitárias. É exatamente a participação comunitária, no planejamento e execução das ações, o grande diferencial do CAB, em relação a outros programas de caráter socioambiental.

O trabalho mais importante desenvolvido pelo CAB, por isso mesmo, é o de conscientização da população. O programa promove a educação ambiental de adultos e crianças em toda a sua área de abrangência e incentiva práticas ecologicamente corretas na agricultura, na pesca e nas atividades de lazer.

Tanto o CAB quanto outros programas de Itaipu, nas áreas social e ambiental, são resultado da mudança da missão da empresa, em 2003: “Gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”.

Maior hidrelétrica do mundo

A Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional localizada no rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Construída por ambos os países no período de 1975 a 1982, no qual tanto o Brasil quanto o Paraguai eram governados por ditaduras militares, Itaipu é, hoje, a primeira maior usina geradora de energia do mundo. O nome Itaipu foi tirada de uma ilha que existia perto do local de construção. No idioma tupi-guarani, o termo significa “pedra na qual a água faz barulho”, através da junção dos termos itá (pedra), ‘y (água) e pu (barulho).

A barragem é a maior unidade operacional hidrelétrica em termos de geração de energia anual, gerando 98,6 TWh em 2013, enquanto a geração de energia anual da Barragem das Três Gargantas, na China, foi de 83,3 TWh em 2013. Com seu lago perfazendo uma área de 1 350 quilômetros quadrados, indo de Foz do Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150 quilômetros ao norte, além de suas vinte unidades geradoras de setecentos megawatts cada, Itaipu tem uma potência de geração de 14 000 megawatts. É um empreendimento binacional administrada por Brasil e Paraguai no rio Paraná na seção de fronteira entre os dois países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade. A capacidade instalada de geração da usina é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada e projeto hidráulico de 118 m. No ano de 2013, a usina quebrou o seu próprio recorde de produção de 2012, agora com 98.630.035 megawatts-hora (MWh).

A Usina de Itaipu fazia parte da lista oficial de candidatas para as Sete maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics, dos Estados Unidos. Mas não ganhou o título.

Dados técnicos

Nome:            Usina Hidroelétrica Itaipu Binacional

Capacidade: 14 000 MW

Barragem

– Altura: 196 m

– Extensão: 7,919 m

Área alagada: 1350 km2

Localização: Foz do Iguaçu  Brasil

Hernandarias Paraguai

Rio:     Paraná

Período de construção:      1975-1982

Inauguração:           5 de maio de 1984 (30 anos)

Proprietário:  República Federativa do Brasil e República do Paraguai

Fonte: Itaipu Binacional

Últimas Notícias: