saneamento basico

Lixo continua sendo um grande problema

– Coleta ainda é irregular e comunidades ainda jogam restos de tudo em qualquer lugar

Nos últimos meses, O DIÁRIO tem mostrado a crítica situação da coleta de lixo domiciliar em Teresópolis, situação que pode contribuir bastante para problemas de saúde por conta da proliferação de vetores de doenças, como mosquitos e ratos. Porém, apesar da promessa da prefeitura em regularizar o serviço e a grande ampliação do número de casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no município, o problema persiste em várias comunidades – que por outro lado também contribuem para os riscos de saúde e ambiental, descartando o que não lhes interessa em locais inadequados ou fora dos horários do caminhão da empresa terceirizada que presta serviço para a PMT. Um exemplo onde poder público e moradores estão de braços dados no lado ruim da história é a Rua Luiz Noguê Júnior, entre Perpétuo e Rosário.

Um local de descarte ao lado da Igreja Batista Serra dos Órgãos vive constantemente com muito lixo doméstico. Mas o problema não está somente nas sacolas plásticas. Nesse caso, se a coleta paga com os impostos dos contribuintes fosse mais frequente, principalmente devido ao tamanho das comunidades daquela região, não haveria acúmulo de material em decomposição e outros objetos ideais para a proliferação do tão falado mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. O que deve ser levado em conta também é que os moradores dos bairros do entorno do local onde deveria acontecer somente o depósito de lixo doméstico estão deixando ali todo o tipo de objeto que não lhes interessa mais… Restos de móveis, eletroeletrônicos, sobras de material de construção, entulhos… Tudo que não vai no caminhão da coleta, se acumula e dá ainda aspecto ruim para quem passa pela comunidade.

Na semana passada, O DIÁRIO mostrou que o quadro é exatamente o mesmo na Rua Mato Grosso, no Barroso. Em quase toda a extensão da via, que se desdobra ainda em vielas diversas, há lixo espalhado. E, no meio do que não é recolhido com frequência pela empresa Sellix Ambiental, resíduos sólidos que não deveriam ter sido retirado das residências de seus verdadeiros proprietários antes de se pensar em contratar uma caçamba ou mesmo acionar o setor responsável somente por esse tipo de coleta, da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

Pouco tempo após ser empossado, o governo Tricano anunciou que havia entrado em acordo com a empresa que presta o serviço na zona urbana do município para que passasse a atender também em localidades da área rural, que acumulavam muito lixo e problemas por conta da reduzida frota e equipe dos Serviços Públicos. Porém, apesar da promessa de regularização no interior e melhoria “na cidade”, a situação é cada vez mais crítica. Nesta terça-feira, entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da PMT para buscar um novo posicionamento do governo municipal. Porém, nenhum resposta foi enviada até o fechamento desta edição.

“Aedes faz festa em Teresópolis”

Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde de Teresópolis com os números oficiais relativos aos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti no município, somente nos dois primeiros meses de 2016 são 180 notificações de dengue, das quais 162 são de moradores da cidade. Segundo as informações, existem 16 casos confirmados em laboratório. Desses, dez são chamados autóctones, ou seja, foram contraídos nos próprios bairros onde os pacientes residem. As localidades com esses registros são Barra do Imbuí, Fátima, Fischer, Fonte Santa, São Pedro e Várzea, na zona urbana; além de Mottas e Volta do Pião, no interior do município. O boletim fala ainda de dois casos suspeitas da Febre Chikungunya e ainda 13 casos de gestantes com exantema para investigação de Zika Vírus. As notificações são encaminhadas no Formulário de Notificação Individual – FormSUS, conforme protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. As fichas de notificação seguem para a Divisão de Programas, que acompanha as gestantes.

Também ouvimos os hospitais da cidade. No HCT foram notificados 11 casos de zika, sendo cinco deles em gestantes. Também foram atendidos 21 pacientes com suspeita de dengue. Os exames laboratoriais realizados na própria unidade totalizaram quatro confirmações, sendo um deles em mulher grávida. No Hospital São José foram notificados nada menos do que 75 casos de zika, dos quais 45 pacientes não saíram do município de Teresópolis. Foram ainda 37 notificações de dengue, sendo 29 moradores da cidade.

Fonte: Net Diário
Foto: Divulgação

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