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Prefeitura cria comitê e plano para acabar com lixão em Cruzeiro do Sul

Decreto saiu no Diário Oficial de sexta-feira (1). Um comitê vinculado à Secretaria de Meio Ambiente foi criado.

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, assinou um decreto que regulariza um comitê consultivo para que seja implantado na cidade o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que tem como objetivo acabar com os lixões. A publicação foi divulgada no Diário Oficial da sexta-feira (1).

Segundo o decreto, um comitê consultivo será presidido pelo representante do Conselho Municipal de Meio Ambiente e será vinculado a outros órgãos da prefeitura e que deve sugerir alternativas e avaliar o andamento da elaboração do plano.

Lei de Resíduos Sólidos 12.305/10
No dia 2 de agosto de 2014 acabou o prazo para que todos os municípios brasileiros acabassem com os lixões. Porém, das 22 cidades do Acre, apenas Rio Branco teria cumprido a lei dentro do prazo. As administrações municipais alegaram falta de recurso.

Entretanto mais de um ano após esse prazo, Cruzeiro do Sul começa a dar os primeiros passos para a implantação do novo plano. A ideia, segundo o secretário de Meio Ambiente, Irlândio Cordeiro, é acabar de vez com o depósito de lixo a céu aberto.

“O objetivo principal é fazer com que não tenha mais geração de resíduos e que haja a redução dos que estão indo para o lixão. Além disso, queremos criar forma para a reutilização desse material, como reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos”. explica.

Ainda segundo Cordeiro, não há mais como manter o lixão de forma nenhuma na cidade, pois, ele já teria atingido sua capacidade. “O objetivo a curto prazo é acabar com o lixão, que já deveria ter sido extinto, a capacidade de lá já foi alcançada”, enfatiza.

Moradores duvidam do fim do lixão
Quem mora próximo ao local e precisa dividir o espaço com animais, lixos e outras pessoas que tentam encontrar restos de comida para sobreviver, duvida que o plano dê certo na cidade.

Moradora da região há aproximadamente 40 anos, uma mulher de 70 anos, que prefere não se identificar, é uma das que não crê na promessa. “Eu tenho fé que vou morrer e não vejo o fim desse lixão, eles não acabam. Os urubus quebram as telhas, mas pior já esteve, quando eles jogavam restos de açougues aí”, conta.

Outro morador, Antônio Ferreira, de 72 anos, lembra ainda como era a área que aos poucos foi tomada por lixo e outros resíduos que demoram a se degradar. “Aquela área já me pertenceu. Eu plantava arroz, feijão, milho, cana. É uma tristeza ver hoje desse jeito. Gostaria que fosse dado um fim. É difícil, mas a gente espera”, lamenta.

Lixo hospitalar
Durante a visita ao lixão, a equipe do G1 flagrou, inclusive, presença de lixo hospitalar no local, que deveria ter sido descartado em outro lugar. Tal fato põe em risco as pessoas que procuram o lixão em busca de restos de comida.

A equipe flagrou também pessoas catando objetos e restos de alimentos no local, mas ao verem as câmeras, elas se esconderam.

Fonte: G1
Foto: Anny Barbosa/G1

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