Promovida há 31 anos consecutivos pela AESabesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp, a Fenasan – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é hoje consolidada e reconhecida como uma das mais importantes feiras do setor de saneamento realizadas no Brasil e no exterior.
E em caráter simultâneo com o Encontro Técnico da AESabesp – Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é considerada como o maior evento do setor na América Latina.
O Engenheiro Civil na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Rosa apresentou no dia 18 de setembro, “ PV de monitoramento”.
Segundo Paulo Rosa, o projeto consiste em monitorar o comportamento de determinado trecho crítico de rede coletora através do monitoramento do nível de esgoto dentro de um poço de visita (PV), previamente estudado e, com isto, atuar de maneira proativa na manutenção de redes coletoras de modo a não somente mitigar obstruções mas também gerar um controle ainda mais efetivo do comportamento do esgotamento sanitário da área em estudo, evitando-se insatisfações dos clientes e pagamentos de indenizações decorrentes de sinistros operacionais devido a refluxos de esgotos para os imóveis.
A premissa do PV de Monitoramento é antecipar-se à problemas decorrentes de obstruções em redes coletoras de esgoto.
“Conhecer o comportamento de determinado trecho de rede coletora gera uma agilidade ímpar no sentido de conseguir atuar no citado trecho a tempo de mitigar ocorrências de esgoto no retorno para imóveis do entorno ou extravasamento de esgotos em via pública, com isto reduzindo o tempo de prestação de serviços, uma vez que teremos a informação em tempo real, melhorando inclusive a qualidade do serviço prestado, pois antecipa questões de atendimento às demandas de cliente a respeito dos serviços prestados pela Sabesp”, explicou.
Monitoramento remoto
O monitoramento remoto em poços de visita, consiste na instalação de equipamento coletor de dados e sensores com boias, que são acionados durante a cheia do poço, enviando o sinal do sensor para antena externa que por sua vez envia o sinal de nível para o centro de monitoramento.
“Um sistema de boias funciona em dois níveis (primeiro nível um pouco acima da cota de fundo do poço de visita e o segundo nível um pouco abaixo da cota de tampa do poço). Quando o poço começa a encher e atinge o primeiro nível, a boia é acionada e manda um sinal para o equipamento receptor instalado dentro do poço, que por sua vez repassa este sinal para a antena externa e em seguida para a central de monitoramento. Quando o sinal é identificado nos monitores da central de monitoramento, uma equipe é enviada ao local para verificar o PV e efetuar a desobstrução”, explanou.
Resultados:
- Desobstrução de coletor (DC) – Diminuição no número de desobstruções em rede coletora, de 724 para 287 (40%).
- Desobstrução de ramal domiciliar (DD) – Diminuição no número de desobstruções em ramais domiciliares de 962 serviços para 362 (37%).
- Lavagem Preventiva – diminuição na extensão de lavagem em redes coletoras de esgoto, de 38.063,00 m para 12.747,00 (33%).
De acordo com Paulo Rosa, a principal melhoria que se visualiza no processo está atrelada a proatividade em conhecer o comportamento de um trecho crítico de obstrução e na agilidade que este conhecimento adquirido gera, evoluindo para um estágio onde se mitiga a reclamação do cliente que deixa de visualizar esgoto extravasando na via pública ou retornando para seu imóvel e, com o amadurecimento da ideia e futura ampliação de pontos de monitoramento, atingir uma condição pleno monitoramento das bacias de esgotamento.
“Quando se tem a informação antecipada sobre a evolução de uma anomalia em determinado trecho de rede coletora, esta antecipação propicia uma atuação proativa e com melhor planejamento desta execução, simplificando desta maneira os processos envolvidos”, finalizou.
