Por: Adriano Gama
A ideia deste artigo surge no desenvolvimento de um trabalho, como consultor da RHA Engenharia, na elaboração do Plano Estadual de Segurança Hídrica do Estado do Rio de Janeiro – PESHI/RJ para a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade – SEAS e para o Instituto Estadual do Ambiente – INEA. Ao estudar os diversos temas que constarão neste Plano e, já com a produção dos primeiros documentos, vi-me em situação de dúvida.
Vamos ao ponto: O PESHI/RJ possui vários documentos; a cada documento, é elencada uma lista de abreviações: siglas e acrônimos; ao deparar com a sigla PSA e respectivo termo ( Pagamento por Serviços Ambientais ), imagino, em documentos seguintes, como dispor a sigla referente ao termo (Plano de Segurança da Água). Certamente, uma grande dúvida porquanto do PSA já ser uma sigla arraigada à questão ambiental. Por outro lado, ao ver os objetivos dos distintos “P”s, podemos notar a inter-relação que existem, todavia o “P” de Ambiental, encontra-se a montante; e o “P” de Água ( potável ), encontra-se a jusante, após a ETA, se considerar a bacia hidrográfica. Mas, por incrível que pareça, se clicar no Google a sigla PSA, aparecerá o termo Antígeno Prostático Específico ( Sigla PSA, em inglês ), que é um termo da área médica, especificamente da saúde do homem. De forma que não há do que se preocupar, porquanto a nossa área, em tela, ser referenciada em ambiental e em qualidade de água abastecida.
As “Siglas” são formadas por letras iniciais dos termos ( Ex: ONU, SUS ); Os “Acrônimos” são siglas chamadas pelo próprio nome ( Ex: UNESCO ). Geralmente, siglas são caracterizadas com termos a partir de três palavras, como no caso deste artigo. Embora as siglas existam para simplificar o entendimento e evitar a constante repetição de seu significado durante um texto, é sempre interessante, para evitar dúvidas, na primeira vez que a “sigla” e/ou “acrônimo” surgirem em um texto, indicar ao leitor o seu significado. Os Exemplos iniciais são de siglas de Instituições Governamentais no Estado do Rio de Janeiro – ERJ: SEAS e INEA. Da mesma forma, se houver um mesmo termo em Estados distintos, é comum utilizar-se do padrão acima, PESHI/RJ, identificando a abreviação do Estado, após a barra.
Este artigo tem por objetivo promover a discussão no meio técnico e acadêmico, sobre a importância e necessidade de se adotar uma Sigla para o Plano de Segurança da Água, de modo a distingui-la do Pagamento por Serviços Ambientais, não tendo pretensões maiores do que sugerir algumas possibilidades de adoção de Siglas para diferenciar as duas terminologia. Cada vez mais a Segurança da Água ( potável ) está sendo adotada em Municípios e Regiões Metropolitanas, através de seus respectivos Serviços de Saneamento responsáveis pelos Sistemas de abastecimento de água – SAA ( Captação, Tratamento; Reservação e Distribuição ). Portanto, é imperioso definir uma abreviação do termo Plano de Segurança da Água – “PS…..”.
Assim, uma linha de raciocínio para observar a diferenciação de abreviaturas: PSA ( Ambiente ) e PSA ( Água ), seria um pequeno incremento no PSA ( Água ). O Cerne da questão é referente ao Plano que é um Instrumento que tem por objetivo, ações focadas na gestão dos riscos para manutenção da água segura para seu uso e, diria ser, no mínimo, para atender à Portaria de Potabilidade vigente. Diante disto, abaixo, duas sugestões de siglas:
- PSAg : A inserção do g minúsculo remete ao “A” de Água;
- PSAp : A inserção do p minúsculo remete ao “A” de Água potável.
Todavia, não se deve pensar meramente nas sugestões em si, como acima, mas principalmente qual seria a instância a ser colocada a questão e saná-la prontamente. Realmente, uma questão singular, não à toa o motivo deste artigo.
Bibliografia:
http://funag.gov.br/manual/index.php?title=Redu%C3%A7%C3%B5es,_abreviaturas_e_siglas
Adriano Gama
Eng. Químico / Eng. Sanitarista / Esp. Meio Ambiente
Revisão:
Denise M. E. Formaggia
Eng. Civil / Sanitarista / Esp. em Saúde Pública
Roseane M. G. L. de Souza
Eng. Sanitarista e Ambiental
