Foto-ozonização Tratamento Efluentes
Resumo:
O descarte inadequado de medicamentos no meio ambiente é um problema crescente, com impactos negativos tanto para a saúde pública quanto para os ecossistemas.
Fármacos descartados inadequadamente podem contaminar corpos d’água, solos e lençóis freáticos, afetando organismos aquáticos e contribuindo para a resistência antimicrobiana.
A presença de substâncias farmacêuticas nos efluentes hospitalares é um desafio, uma vez que as estações de tratamento convencionais não são eficazes na remoção desses compostos. No Brasil, a falta de regulamentação específica sobre o lançamento de fármacos nos corpos hídricos agrava essa situação. Este trabalho revisa o uso de processos oxidativos avançados, com ênfase na foto-ozonização, como solução para o tratamento de efluentes hospitalares contaminados por fármacos.
A foto-ozonização combina ozônio e radiação UV para degradar substâncias recalcitrantes como antibióticos e hormônios, apresentando uma eficiência superior a 90% na remoção desses contaminantes e melhorando a qualidade do efluente tratado. No entanto, a formação de subprodutos durante o processo pode resultar em compostos intermediários com toxicidade residual, o que exige monitoramento constante e estudos complementares para garantir a segurança ambiental.
Foto-ozonização Tratamento Efluentes
A conclusão do estudo destaca a necessidade urgente de aprimorar a legislação ambiental brasileira. Com o objetivo de estabelecer limites claros para os contaminantes emergentes nos corpos hídricos e incentivar a implementação de tecnologias de tratamento mais eficazes.
A gestão adequada dos resíduos farmacêuticos deve ser integrada às políticas públicas de saúde e saneamento. Visando equilibrar a eficiência do tratamento, a viabilidade econômica e a segurança ambiental, garantindo a sustentabilidade dos processos e a proteção dos ecossistemas aquáticos.
Autora: Ana Paula de Oliveira.