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Lixo eletrônico: uma análise da visão dos alunos da UEPB em relação a gestão dos resíduos sólidos eletrônicos

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Resumo

O presente trabalho abordará a problemática que envolve a gestão dos resíduos sólidos eletrônicos, Observada através de uma análise da visão da comunidade acadêmica da UEPB. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo, onde foram consultados alguns autores que trataram sobre o tema lixo eletrônico e coletadas opiniões de estudantes a respeito da forma como compram, usam e descartam seus produtos eletroeletrônicos. A pesquisa realizada, buscou analisar o nível de visão da comunidade acadêmica sobre a gestão dos resíduos sólidos eletrônicos, a partir de variáveis relacionadas ao perfil do estudante e também analisando opiniões sobre compra, uso, descarte, impactos ambientais, impactos sociais e danos à saúde. Participaram da pesquisa alunos de cinco cursos da UEPB: Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia, Comunicação Social e Geografia. A pesquisa de campo foi realizada através de um questionário e buscou ampliar as discussões sobre práticas inadequadas em que se refere à má gestão dos produtos eletroeletrônicos. Apesar de algumas particularidades entre as opiniões dos alunos respondentes, observou-se que uma grande parcela ainda prefere ficar indiferente em relação ao tema abordado neste trabalho, mas no geral, os universitários concordam com a melhoria da legislação vigente, e se mostrou interessada em colaborar de alguma maneira para uma gestão mais adequada dos produtos eletrônicos que manuseiam. Observou-se que mesmo não sendo a maioria, o nível de visão destes universitários pode colaborar para a iniciativa de elaborações de novas estratégias e ideias que possam acrescentar às atividades próprias de cada curso, e melhorar os estudos voltados ao tema lixo eletrônico no âmbito acadêmico, de maneira a propor uma abordagem mais ampla sobre o tema aos estudantes, e tentar promover um maior envolvimento por parte dos mesmos a respeito do consumo, uso e destinação final dos eletroeletrônicos consumidos por eles.[/vc_column_text][vc_column_text]

Introdução

A Era da informação, carrega consigo uma crescente aceleração do consumo exagerado. Novas possibilidades, pedem novos produtos e novas tecnologias, onde assim, a indústria dos eletroeletrônicos têm aumentado em grande número no mundo inteiro. Uma cultura de incentivo ao consumo, e a chamada “obsolescência programada” tem acelerado o processo de descarte, e, essa substituição de produtos dá margem a má destinação principalmente quando se trata de produtos eletrônicos que podem ser facilmente substituídos.

A destinação destes resíduos sólidos para locais inapropriados, configura-se como uma prática ilegal com efeitos danosos que não se pode controlar. Com o passar dos anos apresentará um custo elevado na remediação de danos, além de ser um retrocesso à sociedade que pagará pelas consequências com o aumento nos gastos de saúde e dificuldade para consolidar novas ações que vão da reciclagem até a recuperação desses resíduos (PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL, 2014).

A principal preocupação é que além de resíduos sólidos, os resíduos eletroeletrônicos são mais tóxicos, mais perigosos e que até a sua reciclagem requer atenção. Por não ser qualquer resíduo, a geração do lixo eletrônico, ainda é um problema de difícil solução, mas que refletirá em maior escala nas próximas gerações. “Este problema é mundial e depende do comprometimento de todos os cidadãos, da mídia, do poder público e em especial do professor que está presente na vida de um estudante desde as séries iniciais” (BONASSINA, KOWALSKI, LOPES, Pg.1 2006).

A falha durante a destinação de resíduos sólidos eletrônicos tem preocupado os países em desenvolvimento. Mudanças urgentes são necessárias em uma sociedade que a cada dia aumenta suas possibilidades de consumo e geração constante de lixo. Segundo dados recentes, a américa latina gerou em 2014, 9% dos resíduos eletrônicos do mundo, a maioria no Brasil com 36,16%, (UOL, 2015). Uma realidade preocupante em um país em processo de desenvolvimento e repleto de leis.

A lei nº 12.305 de agosto de 2010 referente a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Argumenta que o consumidor é obrigado dar um destino adequado aos resíduos eletrônicos descartados. Mas diante da carência de fiscalização, tem se tornado ineficaz.

Na Paraíba, a lei municipal de João Pessoa de Setembro 2011 defende a mesma proposta que a lei nacional de 2010 e obriga as empresas responsáveis pela produção, distribuição e comercialização de produtos eletrônicos a serem responsáveis pelo destino correto durante o descarte dos mesmos. Já com relação à cidade de Campina Grande, medidas isoladas são criadas em relação a coleta dos resíduos de equipamentos eletro eletrônicos (REEE). Na cidade, existem alguns pontos fixos de coleta de eletrônicos em desuso. Segundo a reportagem do Paraíba Notícia de setembro de 2015, onde informa que a prefeitura dispõe de dois pontos de coleta, um no Parque da Criança e outro no Museu Vivo da Ciência e Tecnologia Lynaldo Cavalcanti. A Escola Técnica Redentorista também tem participação com a coleta e destina parte da renda com a venda de peças em desuso para o instituto dos cegos. Outro ponto de Coleta na cidade, foi apresentado pela empresa fornecedora de energia, a Energisa, que recolhe materiais eletrônicos em troca de descontos nas tarifas. (Disponível em: http://g1.globo.com/pb/paraiba. Acesso em abril de 2016).

Como os esforços ainda se encontra em pequenas dimensões, estudos são realizados ao redor de temas ambientais como em pesquisa recente realizada no ano de 2015 sobre educação ambiental e resíduos eletrônicos onde foram entrevistados educandos do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Campina Grande, para avaliar sobre os impactos do lixo eletrônico. Os resultados foram: 45% dos entrevistados souberam de que é formado o lixo eletrônico, porém não imaginavam os riscos que estes materiais podem causar ao meio ambiente e a saúde (ARAÚJO, COSTA e ARAÚJO,2015).

Outra recente pesquisa feita na cidade de Natal, expõe que 36% dos entrevistados possuem total desconhecimento quanto à problemática do lixo eletrônico. Dentre os 64% informados em algum grau sobre o assunto, a parcela significativa de 83% não conhece nenhum ponto de coleta de lixo na cidade. Outros, 58% afirmaram ter em casa um eletroeletrônico sem uso apenas esperando um destino adequado. Já quanto ao destino do lixo, do total de entrevistados, 36% veem a doação como melhor opção, 34% retêm os resíduos em casa e 29% o destina ao lixo comum (SILVA, 2009).

Diante de estudos realizados em favor de um consumo e descarte mais conscientes em relação aos REEE, qual a visão dos alunos da UEPB em relação a gestão dos resíduos sólidos eletrônicos? Sabendo que as instituições de ensino superior se tornam os grandes polos geradores e distribuidores de conhecimentos científicos que possam criar/aplicar as soluções devidas à fiel execução sustentável dos processos produtivos. (ANDRADE, FONSECA e MATTOS ,2010).

Partindo da constatação de que os estudos técnicos encontram maior possibilidade de viabilização no âmbito acadêmico universitário, que se torna responsável pela produção, ensino e distribuição à população do conhecimento, e que as universidades devem ser os grandes centros de aplicabilidade da prática dos conhecimentos científicos gerados.(ANDRADE, FONSECA e MATTOS ,2010) Observa-se que a partir de pesquisas que já foram realizadas com estudantes do ensino médio e com o público em geral, o objetivo deste trabalho é identificar o nível de visão que os alunos do ensino superior, representados pelos alunos da UEPB, possuem em relação a gestão dos resíduos sólidos eletrônicos apresentado a partir das variáveis dispostas neste trabalho, de forma a colaborar para possíveis aprofundamentos nos estudos referentes ao tema dentro das universidades.[/vc_column_text][vc_column_text]

Autora: Luciana Gomes Santos.

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