Manaus Projeto Resíduos PPP
Na Amazônia, Manaus deu início ao desenvolvimento do mais ambicioso projeto de resíduos sólidos — e quer beneficiará pelo menos 2,5 milhões de pessoas, além de formalizar o trabalho de catadores informais.
De acordo com a notícia, a iniciativa, dentro do modelo de Parcerias Público-Privadas (PPP), propõe unir inovação tecnológica, sustentabilidade e inclusão social, e a B3 leiloará o projeto ainda este ano.
O contexto é desafiador: a capital amazonense produz cerca de 1 milhão de toneladas de lixo por ano e de duas a três mil toneladas diárias de resíduos domésticos. Atualmente, as pessoas destinam apenas 2% de todo o lixo gerado para a reciclagem.
Com mais de 2,2 milhões de habitantes, há uma série de desafios estruturais severos no tratamento, reaproveitamento e financiamento da gestão de resíduos sólidos. Na prática, a estrutura contempla um centro tecnológico equipado com triagem automatizada, aproveitamento energético por biogás, tratamento de chorume e sistema de coleta seletiva.
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Os gestores visam gerir o alto volume de resíduos gerados pela região metropolitana e evitar que descartem lixo em lixões com alto potencial poluente.
Manaus Projeto Resíduos PPP
Quase 90% do lixo reciclado no Brasil é coletado pelos catadores, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Neste cenário, existem mais de 800 mil catadores de materiais recicláveis, muitos trabalhando na informalidade e sem acesso a direitos básicos.
Segundo a revista, o prefeito David Almeida informou que o diferencial da parceria está no componente social: além da formalização dos catadores, inclui uma creche comunitária, uma escola ambiental e programas de capacitação profissional para famílias que hoje vivem da coleta informal.
Modelo replicável Inspirado em soluções já aplicadas em outras cidades brasileiras e internacionais. Os organizadores apresentarão o modelo de Manaus diretamente a investidores na B3, esperando atrair grupos interessados já na fase inicial.
O projeto busca se tornar referência para outros locais e ‘vitrine’ de sustentabilidade, justiça social e inovação na gestão pública de resíduos sólidos.
Fonte: JCAM.