saneamento basico

Qualidade da água e sensoriamento remoto: análise bibliométrica da produção científica mundial

Resumo

O objetivo deste estudo foi mostrar o estado atual da investigação científica no monitoramento da qualidade da água, especificamente da eutrofização, por meio dos dados de sensoriamento remoto. Para tanto, foi realizado um estudo bibliométrico das publicações indexados na Web of Science, analisando rede de citações, co-citações, acoplamento bibliográfico, relação de co-autoria e as palavras chaves mais presentes nos trabalhos catalogados. Durante o processo de busca,consultas e filtros foram realizados em função dos termos “remote sensin”, “water quality”,“eutrophic”, “chloroph*”, obtendo assimum conjunto de 3.797 trabalhos. Com base nos resultados, concluímos que países desenvolvidos como o Estados Unidos, China e Alemanha, têm grandes quantidade de trabalhos que discutem a temática. Entre o conjunto de dados analisados, grande parte foi escrito na língua inglesa e publicados na formade artigo. Poucos pesquisadores africanos, têm interesse pela temática. Já o Brasil encontra-se em estágio intermediário, entre os quinze países que mais publicam. Na análise das palavras-chave, foi notória a inter-relação entre o sensoriamento remoto, clorofila, fitoplânctons, todas associadas à eutrofização em ambientes aquáticos. Por fim, concluiu que existe uma curva crescente de trabalhos que usam o sensoriamento remoto para pesquisar aspectos da qualidade da água, com enfoque na eutrofização.

Introdução

O crescimento populacional desordenado em conjunto com o desenvolvimento das cidades culmina em uma série de problemas hídricos, sobretudo, de infraestrutura e perda da qualidade da água (TUCCI, 2008; FAYER et al., 2018). Durante o Fórum Econômico Mundial (2017), que a crise hídrica global obteve uma mudança de patamar, passando de risco ambiental para a categoria de risco social, terceira posição na tabela de riscos (FAYER et al., 2018). Os autores entendem e pontuam a crise hídrica, como a diminuição na qualidade e quantidade de água doce disponível para o consumo, o que gera grandes prejuízos para a sociedade. Tundisi (2014) explica que a escassez de dos recursos hídricos gera instabilidade nas produções, no abastecimento de água, saneamento básico e na saúde pública, causando vulnerabilidade no crescimento sustentável e desequilíbrio social.

Desde 2016 vigora a Agenda 2030, nela são elencados 17 objetivos e 169 metas que devem ser implantadas até 2030 em prol do desenvolvimento sustentável. A água é uma temática recorrente, em especial, no objetivo para o desenvolvimento sustentável (ODS) número seis. Nele são impostas metas para assegurar a disponibilidade hídrica, a gestão sustentável da água e o saneamento básico para todos (ONU, 2015). Diversos autores apontam o monitoramento e o gerenciamento dos recursos hídricos, como medidas essenciais para diminuir a possibilidade da crise hídrica (MORETTI; MARINHO, 2013; TUNDISI, 2014; FAYER et al., 2018) e assegurar água de qualidade para os seus diversos usos (FAYER et al., 2018).

Autores: Keicyane Alves de Sousa; Giovana Mira de Espindola e Carlos Ernando da Silva.

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