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Fontes alternativas de água

Avaliação do Potencial de Reúso de Água no Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo

O fenômeno da escassez de água se tornou um problema global. Entre as suas causas principais está o crescimento da população, que traz como consequência uma demanda cada vez maior por água potável, recurso reconhecidamente limitado. São Paulo, no caso, é o maior exemplo da desigualdade na distribuição hídrica no Brasil. Seus dados apontam 22% da população e apenas 1,6% da água superficial do país. Enfrentou entre 2014 e 2016 uma das maiores crises de abastecimento de sua história, caracterizada principalmente pela falta de chuvas.

O trabalho avaliou a atual situação da utilização de água de reuso na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Foram realizadas entrevistas com especialistas do setor de recursos hídricos. Formando, dessa forma, um tripé de representatividade que envolve a concessionária de serviços públicos de água e esgotos. As instituições de ensinos que estudam e pesquisam o tema e entidades da sociedade civil responsáveis pelo gerenciamento dos recursos hídricos que abastecem a cidade de São Paulo e mais 17 municípios do seu entorno.

O estudo identificou que muito ainda precisa ser feito. Necessariamente contando com a participação ativa do poder público que detém a maior estrutura para gerir e estimular a prática do reuso de água e que são necessárias ações para aprimoramento da legislação. Por isso, é importante que haja um diálogo permanente em torno do tema. Para que se tenha uma alternativa para o abastecimento de água que atenda às necessidades da sociedade e colabore com a sustentabilidade do planeta.

Avaliação do Potencial de Reúso de Água no Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo

No Relatório para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU, 2015), para um mundo sustentável, a água e os recursos correlacionados são valorizados em todas as suas formas. Ainda segundo a ONU (2015), estes recursos naturais são geridos em função do bem-estar humano. Portanto, sendo os efluentes tratados corretamente e utilizados como recurso na viabilização de energia ou reaproveitados de maneira diversa.

O problema da escassez hídrica se tornou um fenômeno que atinge todo o planeta. Sendo uma de suas principais causas do crescimento populacional, que acaba pressionando os limitados recursos naturais disponíveis. De acordo com o relato de Kummu et al. (2016). Zhang et al. (2017), acrescentam que para suportar as necessidades da demanda gerada pelo crescimento da população humana o volume de água doce utilizável disponível na natureza é insuficiente.

Apesar da sua riqueza em relação à disponibilidade de recursos hídricos mundial, o Brasil não possui uma distribuição adequada desses recursos, conforme Martiranie Peres (2016).

As autoras citam que o maior exemplo dessa desigualdade é o estado de São Paulo onde vivem 22% da população brasileira, porém estão disponíveis apenas 1,6% da água superficial. A região sudeste do Brasil, enfrentou entre 2014 e 2016 uma das maiores crises hídricas de sua história o que de acordo com Cavalcanti e Marques (2016) se caracterizou pela falta de chuvas, associação com fatores históricos e questões de planejamento.

O Sistema Cantareira que abastece aproximadamente nove milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) teve uma redução drástica no seu nível de abastecimento (SABESP, 2016). Com isso o governo do Estado por meio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) passou a conduzir obras de caráter emergencial como o bombeamento da reserva técnica de emergência (volume morto) e a construção do Sistema Produtor São Lourenço que incrementou em mais de seis mil litros/segundo a oferta de água para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) de acordo com o relatório Crise Hídrica, Estratégia e Soluções da Sabesp (CHESS, 2015).

Autores: José Freitas do Nascimento; Heidy Rodriguez Ramos; Pedro Luiz Côrtes e Ana Paula Branco do Nascimento.

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