Saneamento básico na saúde infantil
Resumo:
O saneamento básico enquanto um conjunto de serviços que envolve abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta de lixo, manejo de resíduos sólidos, entre outros, apresenta-se como um recurso fundamental para a manutenção das condições básicas de uma sociedade e do meio ambiente no qual se insere.
No Brasil, ganhou notoriedade após a intensificação da ocupação urbana, principalmente no fim do século XIX e início do século XX, período marcado por surtos de doenças ligadas à questão sanitária devido às novas configurações territoriais e sociais resultantes, sobretudo, da Revolução Industrial.
Neste cenário, São Paulo foi o município que mais se expandiu tanto economicamente quanto populacionalmente, gerando um processo de ocupação do município pautado por desigualdades. Tendo o Estado se colocado como agente chave na produção e reprodução do espaço urbano enquanto peça fundamental para a acumulação do capital, fazendo com que os investimentos em infraestruturas seguissem o padrão socioeconômico da cidade.
Assim, o acesso desigual aos recursos de saneamento básico, nos dias atuais, ainda permanece como um dos indicadores de segregação socioespacial dos municípios.
Com isso, a presente pesquisa visa tentar entender como essa relação se apresenta no município de São Paulo atualmente, tendo como principal parâmetro a saúde pública, partindo da ideia de que esta tem uma forte correlação com o saneamento básico, e, entender mais especificamente, o quanto a população infantil, de 0 a 5 anos de idade, do município está vulnerável às Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI).
Para tal contextualização e análise, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca do surgimento e importância do saneamento básico, bem como da história e ocupação do município de São Paulo e como eles se relacionam com a saúde infantil do município. Apontando que esses processos históricos influenciaram para que uma parte da população sofresse com a privação ao acesso a serviços públicos básicos, aumentando o índice de vulnerabilidade social infantil.
Autora: Rafaela Marques.