As obras da Adutora do Moxotó devem ser iniciadas esta semana, segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Ao todo, a estrutura vai beneficiar 325 mil moradores de sete municípios do interior do Estado, que estão com o abastecimento em colapso depois de cinco anos consecutivos enfrentando secas. Atualmente, eles recebem água em sistema de rodízio.
A obra tem investimentos de R$ 104 milhões com recursos do Ministério da Integração, segundo o diretor técnico de engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio. A adutora terá 70 quilômetros (km) de extensão e vazão de 300 litros por segundo. Ela vai captar a água do açude do Moxotó, no município de Sertânia, próximo ao Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, e levá-la até o município de Arcoverde. De lá, o sistema se interliga com a Adutora do Agreste – beneficiando as famílias das cidades como Pesqueira, Alagoinha, Belo Jardim e o sistema do Bitury, que segue para Tacaimbó, São Bento do Una e parte de Sanharó.
A empresa que construirá a primeira etapa, de 33 km, é a pernambucana Sanea. As tubulações serão dispostas às margens da BR-232, entre estações de bombeamento EB-1, no reservatório de Moxotó, e EB-2, em Cruzeiro do Nordeste, em Sertânia. A barragem de apoio à adutora já foi construída no distrito de Rio da Barra, também em Sertânia. Ela deve começar a receber água do São Francisco até o fim deste ano, a partir do avanço das obras do Eixo Leste da Transposição do São Francisco. A Compesa ainda vai construir uma Estação de Bombeamento de Água Bruta (EB-1) para bombear o fluxo até a Adutora do Moxotó.
Fonte: Folha Pernambuco