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Racionamento no DF provocou queda de 5% na receita da Caesb em 2017

A redução no consumo de água por causa da crise hídrica provocou uma queda de 4,98% no faturamento da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). Os dados foram compilados pela empresa a pedido do G1 e fazem o comparativo entre 2016 e 2017 – período em que o gasto de água caiu 12%.

De acordo com a Caesb, o faturamento em 2016 foi de aproximadamente R$ 1,70 bilhão. Já o ano de 2017 rendeu à companhia R$ 1,62 bilhão. Esses valores não incluem o que foi arrecadado com a tarifa de contingência, que aumentou a conta de água e esgoto em 20% e trouxe à Caesb mais R$ 64 milhões líquidos. O valor só poder ser gasto com autorização da Agência Reguladora das Água, Energia e Saneamento do DF (Adasa).

Venha mais no link abaixo:
http://g1.globo.com/distrito-federal/videos/v/g1-entrevista-especialistas-sobre-a-crise-hidrica-no-distrito-federal/6426052/

Além disso, os números correspondem apenas à receita da companhia. A parte das despesas só será divulgada no balanço financeiro da estatal, em abril. É ele quem vai permitir dizer se a empresa ficou no azul ou no vermelho em 2017, ano em que precisou gastar mais para inserir novas estruturas e captações de água no sistema de abastecimento do DF.

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Balanço em andamento

Em entrevista motivada pelo “aniversário” de um ano do racionamento na área do Descoberto, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, foi evasivo sobre a saúde financeira da estatal. “Não foi fácil, mas a gente conseguiu manter a empresa equilibrada”, declarou.

“Nós sofremos tanto quanto o comerciante ou dono de lavanderia porque não conseguimos entregar nosso produto que, digamos, é o nosso meio de vida.”

Luduvice também não quis adiantar qual deve ser o tamanho do reajuste previsto já para as contas em 2018. Todo ano, a companhia pede um aumento da tarifa à Adasa, sob o argumento de que os custos para manter o serviço subiram. Em 2017, a Caesb pediu 5%, e a agência autorizou 3,1%.

“O que vamos fazer é apresentar nossos custos, o impacto do que sofremos e o quanto foi investido. Daí caberá à Adasa decidir.”

Sobre a possibilidade de privatização, ele confirmou que “existe uma tendência em alguns setores do governo”. No entanto, negou que essa possa ser a realidade da empresa em um futuro próximo. “Por enquanto, estamos focados em deixar a Caesb superavitária e manter o bom serviço. A decisão é uma responsabilidade do controlador, que é o próprio GDF”, explicou Luduvice.

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Perdas no sistema

Na entrevista ao G1, Luduvice também comentou as chamadas “perdas no sistema”, que são da ordem de 30%. É a água que não é medida – seja porque escapou da tubulação (provocada, por exemplo, por rompimento de adutoras), seja por causa de ligações clandestinas, o famoso “gato”. Ou seja, quase um terço da água produzida no DF acaba perdida.

Na estimativa do presidente da Caesb, quase metade disso é provocada apenas por gatos. Por isso, afirmou que a prioridade da empresa é combater essa questão. “O gato não economiza água. Não tem responsabilidade sobre a água que está consumindo porque não paga e tem impacto negativo no caixa da empresa. Ou seja, você faz um esforço [para tratar e distribuir a água], mas não fatura.”

Uma das medidas do órgão foi destinar US$ 54 milhões (cerca de R$ 180 milhões) para garantir ações como a troca de 330 mil hidrômetros e modernização de medidores. A verba vem de um empréstimo firmado em 2014 com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e deve ser desembolsada em até cinco anos.

Fonte: G1

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