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O presidente americano Joe Biden assinou na terça-feira (16) a lei que institui um pacote de US$ 430 bilhões para combater as mudanças climáticas e a inflação que havia sido aprovada pelo Congresso na sexta-feira (12). O pacote também busca reduzir o custo de medicamentos prescritos, aumentar os impostos sobre algumas corporações e reduzir o déficit econômico do país.
Pacote proposto pelo governo o é maior da história dos Estados Unidos para lidar com aquecimento global.
Em um evento na Casa Branca, Biden se juntou a líderes democratas, incluindo o senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, cujo apoio foi crucial para a aprovação da chamada “Lei de Redução da Inflação”. “Joe, nunca tivemos dúvidas”, disse Biden.
Biden usou o evento para criticar os republicanos e tentar usar uma série de vitórias legislativas dos democratas para ajudar a impulsionar seu partido nas eleições parlamentares de novembro.
“Neste momento histórico, os democratas ficaram do lado do povo americano e todos os republicanos ficaram do lado dos interesses específicos”, disse Biden. “Todos os republicanos no Congresso votaram contra este projeto de lei.”
Saúde
A lei permitirá que o Medicare (seguro de saúde do governo dos EUA) negocie preços mais baixos de medicamentos para idosos. A ideia é impedir que cerca de 13 milhões de norte-americanos de baixa e média renda sejam impactados por aumentos previstos para o ano que vem.
O pacote, que destina US$ 370 bilhões para combater as mudanças climáticas, é o maior já aprovado para lidar com aquecimento global na história do país. O texto é a versão final da lei Build Back Better (“Reconstruir Melhor”, em tradução livre), proposta por Biden ainda durante a campanha eleitoral e cujo foco é justamente o clima.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada nos dias 3 e 4 de agosto revelou que quase metade dos norte-americanos apoia a legislação climática e de preços de medicamentos. De acordo com o estudo, 69% dos democratas e 34% dos republicanos se declararam favoráveis ao pacote.
“É uma vitória retumbante para as famílias americanas”, declarou Nancy Pelosi, presidente da Câmara pouco antes da votação na Câmara, descrevendo a lei como “um pacote robusto de corte de custos que atende ao momento, garantindo que nossas famílias prosperem e que nosso planeta sobreviva”.
Os democratas esperam que a lei os ajude nas urnas em novembro, quando os eleitores decidirem o equilíbrio de poder no Congresso antes das eleições presidenciais de 2024. Os republicanos são os favoritos para conquistar a maioria na Câmara e também podem assumir o controle do Senado.
mudanças climáticas
O Partido Republicano, entretanto, se opunha e afirma que ela acabará com empregos ao aumentar as contas de impostos corporativos, alimentará ainda mais a inflação com gastos do governo e inibirá o desenvolvimento de novos medicamentos.
“Os democratas mais do que qualquer outra maioria na história são viciados em gastar o dinheiro de outras pessoas, independentemente do que nós, como país, podemos pagar”, disse o líder republicano na Câmara, Kevin McCarthy, em um discurso no plenário.
Grupos empresariais tiveram uma reação mista à lei, que oferece a perspectiva de maiores impostos para algumas empresas e, ao mesmo tempo, protege a indústria de combustíveis fósseis.
Mas a lei não deixa a indústria de combustíveis fósseis dos EUA sem recursos. Algumas disposições permitem que o governo federal autorize novos empreendimentos de energia eólica e solar em terras federais apenas quando também estiver leiloando direitos de perfuração de petróleo e gás natural.
As proteções aos combustíveis fósseis decepcionaram os progressistas, mas não barram o apoio democrata. “Não apoiamos a expansão do arrendamento de combustíveis fósseis”, disse a deputada Pramila Jayapal, que lidera a bancada progressista do Congresso. “Mas criticamente, análises independentes mostram que seu impacto será superado pelos cortes de poluição de carbono do projeto de lei.”
Fonte: G1.