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Dia Mundial da Água

Enquanto a comunidade global busca ampliar as discussões sobre a necessidade de preservação dos recursos naturais, nos aproximamos de mais um Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março.

A data criada pela Organização das Nações Unidas tem como objetivo, ampliar as discussões sobre a necessidade de manter esse recurso disponível. Sabemos que a água é um recurso tão importante para a evolução e sobrevivência da sociedade mas que, infelizmente, ainda conta com muitos problemas na forma com que é tratada e distribuída.

De acordo com o Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Mundial da Água 2021, 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável, e nos países em desenvolvimento esse problema está relacionado a 80% das doenças e mortes.

Podemos verificar ainda que no século XX o consumo de água aumentou em 6 vezes, o dobro do crescimento da população mundial. Junto com esse aumento de consumo, vemos um aumento em regiões que vivem com problemas de abastecimento de água. Ao todo, 26 países enfrentam escassez crônica de água e a previsão é de que em 2025 o problema afete 52 países e 3,5 bilhões de pessoas.

No Brasil, mesmo com todas as riquezas naturais, o panorama segue se agravando. Conforme pesquisa recente divulgada pelo MapBiomas sobre a perda florestal e hídrica desde 1991, o Brasil perdeu 15,7% de sua superfície de água nos últimos 30 anos, o que representa 3,1 milhões de hectares. Em 1991 a área hídrica nacional era de quase 20 milhões de hectares, já em 2020 essa área caiu para 16,6 milhões, redução equivalente a uma vez e meia a área da região do Nordeste. Ao olharmos para esses números e colocarmos em perspectiva com o aumento populacional previsto no Brasil, a tendência é que cada vez mais tenhamos pessoas vivendo em regiões de estresse hídrico.

As causas mais comuns para a crise hídrica, tanto no mundo quanto no Brasil, advém da diminuição do nível de chuvas, aumento do consumo de água devido ao crescimento populacional e o desperdício. Este último pode se dar por desperdícios no consumo pela população e ainda por perdas na infraestrutura de distribuição da água.

Neste contexto, de acordo com o SNIS – 2020, o Brasil possui um índice de perdas de água no sistema de distribuição de 40,1%. Ou seja, a cada 100 litros disponibilizados pelos prestadores de serviços, apenas 59,9 são contabilizados como utilizados pelos consumidores. E ainda, de acordo com o índice de perdas por ligação (IN051), o volume médio perdido por ligação é de 343,4 litros/dia, isso equivale a mais de 20 bilhões de litros de água perdidos por dia.

Por conta da enormidade desses números, o Plano Nacional de Saneamento Básico (2019) estabeleceu metas para redução dessas perdas até 2033. O Marco do Saneamento, sancionado em 2020, institui a meta de universalizar os serviços de água e esgoto até 2033. Junto deste marco, está a Portaria Nº 490, que estabelece que as empresas de saneamento reduzam suas perdas a até 25% no IN049 – índice de perdas na distribuição até 2034.

As perdas de água podem ser reais ou aparentes. As perdas reais equivalem ao volume de água perdido durante as diferentes etapas de produção – captação, tratamento, armazenamento e distribuição – antes de chegar ao consumidor final. Já as aparentes correspondem aos volumes de água consumidos, mas não autorizados nem faturados, também denominadas perdas comerciais.

Naturalmente, para cada sistema de distribuição existe uma taxa de ocorrência de vazamentos. Esta taxa depende das características construtivas, locais e materiais existentes da rede, sendo atrelada ao nível de atenção das Companhias de Saneamento na questão dos reparos e na busca por vazamentos não visíveis.

Entende-se portanto que existem dois tipos de vazamentos, os visíveis (facilmente notados pela população) e os não visíveis (para tubulações enterradas sem afloramento à superfície), sendo o segundo mais crítico, já que sua existência pode durar longos períodos de tempo (semanas, meses ou anos).

Para gestão e manutenção de vazamentos não visíveis, deve-se fazer uso de técnicas e equipamentos de forma periódica. Caso isso não seja feito, os vazamentos podem durar meses, anos ou até indefinidamente, totalizando grandes volumes de água perdida. Isso requer monitoramento da rede de modo eficaz e confiável, rapidez na aquisição e demonstrativo dos dados, bem como equipamentos para medição de fácil instalação e manejo.

Olhando para todas essas informações e perspectivas para o cenário da água no mundo, fica claro que precisamos, rapidamente, tomar ações de combate a perdas e melhorar nosso cuidado com esse recurso tão precioso e importante para nossa vida. Em Joinville, uma startup está acompanhando esse cenário e trabalhando com a missão de combater a escassez hídrica. A galax.ia, fornece soluções tecnológicas para auxiliar as empresas em sua jornada rumo à redução de perdas. Aplicando seu know how em Internet das Coisas, está desenvolvendo dispositivos de baixo custo para monitoramento de pressão, vazão e ruído. Viabilizando assim, a implantação das técnicas de redução de perdas em larga escala e auxiliando as empresas de saneamento a atingir suas metas de redução do desperdício.

Com a coleta desses dados e processamento em algoritmos de IA e Machine Learning, a tecnologia da galax.ia consegue auxiliar a tomada de decisão por operadores e gestores de modo a tornar o processo de detecção de vazamentos mais eficiente, gerando então o mínimo de perdas possível.

Sabe-se que inovação é fundamental para acelerar as mudanças tão necessárias no setor do saneamento, e a tecnologia é um artifício de grande valia para superarmos todos esses desafios. Sendo assim, preservar nossos recursos naturais de forma sustentável deve ser agenda prioritária, e negócios como o da galax.ia estão disponíveis para ajudar e fortalecer o ecossistema de inovação no saneamento.

Autores: Felipe Fraporti e Thalia Cazarin.

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