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Equipav Obras Infraestrutura

Discreta, Equipav tem mais de R$ 80 bilhões em obras e supera gigantes da infraestrutura

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Por Rikardy Tooge

Poucos fora do mercado de infraestrutura sabem quem é a Equipav. Mas esse grupo familiar de São Paulo vai atravessar os próximos anos com um pacote de investimentos superior a R$ 80 bilhões em obras – acima do que nomes como Ecorodovias, BRK Ambiental, Iguá Saneamento e até a Motiva (ex-CCR) planejam.

Hoje, a Equipav reúne sob seu controle a Aegea, líder do setor privado no saneamento básico, e a EPR, que conquistou seis concessões rodoviárias desde 2022 — um arranjo que une sócios de peso e concentra o capital familiar e foi desenhado sob medida para disputar leilões e tocar obras de alta complexidade.

Outra empresa do grupo é a Germina Brasil, voltada para projetos de agricultura irrigável.

Fundada há 65 anos, a Equipav passou por sua maior reinvenção nos últimos 15 anos: de construtora regional a plataforma com dois braços de infraestrutura intensiva em capital. No ano passado, o grupo faturou mais de R$ 16 bilhões, com lucro líquido de R$ 1,45 bilhão e mais de R$ 300 milhões em dividendos para as famílias Toledo e Vettorazzo, as controladoras da holding.

“Em 2010, eles estavam literalmente com a corda no pescoço. Usinas quebradas, bancos pressionando, situação muito delicada. Mas aguentaram seis meses de pressão intensa e saíram trabalhando”, diz uma fonte ouvida pelo InvestNews, que passou os últimos quatro meses ouvindo figuras próximas à companhia.

Do pavimento ao saneamento

O “Pav” no nome Equipav não é decorativo: a empresa nasceu em 1960, em Campinas (SP). Como uma construtora especializada em pavimentação de estradas, fundada por um trio de famílias do agronegócio — Toledo, Vettorazzo e Tarallo — com histórico na produção de cana.

Ao longo das décadas, diversificou para a produção de concreto (Concrepav e Cauê) e grandes obras de infraestrutura, sempre com perfil discreto e atuação regional. A guinada começou mais forte para a infraestrutura começou em meados 2000, quando vendeu o negócio de cimento para o grupo Camargo Corrêa.

A partir disso, a Equipav se associou a outro grupo forte no agro, o Bertin, para criar a Cibe Participações, holding que ambicionava protagonismo em saneamento, rodovias e energia. A Cibe comprou concessões de água e esgoto e diversos lotes rodoviários.

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O plano naufragou com a crise de 2008 e a implosão financeira do Bertin. O braço de energia travou por falta de financiamento, e a holding iniciou desinvestimentos para reduzir dívidas e reorganizar a operação. Em 2010, diferenças estratégicas e pressão financeira levaram à cisão.

No novo arranjo, a aliança com o Bertin e a família Tarallo foi desfeita. As famílias Toledo e Vettorazzo permaneceram como sócias, assumindo o núcleo de saneamento — embrião da Aegea — e a construtora original. O Bertin ficou com as concessões de rodovias da época, e a família Tarallo saiu da sociedade. Foi o fim da Cibe e o início da configuração atual da Equipav como holding de infraestrutura.

“A separação foi dolorosa, mas no fim beneficiou quem ficou. O Bertin estava ‘por cima’ naquele momento, mas depois quebrou. A Equipav ficou com a joia da coroa e isso abriu caminho para crescer”, lembra outra fonte.

Fonte: IN.

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