O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve em Suzano na manhã de ontem, para vistoriar a obra de captação e transferência de água do rio Guaió até a represa Taiaçupeba. A prefeita em exercício, Viviane Galvão (DEM), acompanhou a visita.
Segundo Alckmin, a obra, iniciada em 17 de fevereiro, está 35% concluída e tem investimento previsto de R$ 38 milhões.
Serão construídos nove quilômetros de adutoras de Suzano até a represa de Taiaçupeba. A previsão de término é 30 de maio. Com isso, haverá a captação de mil litros de água por segundo. “A importância dessa obra é aumentar a quantidade de água que entra no Sistema Alto Tietê no período de poucas chuvas”, explicou.
O sistema é composto por cinco represas (Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba). Elas são alimentadas pela chuva direta e pelos rios que deságuam nelas. Portanto, a entrada de mais um rio (o Guaió) para alimentar as represas vai ampliar o nível de todo o sistema.
O governador vistoriou dois pontos importantes, o primeiro onde está sendo construída a estação elevatória. “Essa obra aqui em Suzano é muito importante para a questão da água em São Paulo”, disse o tucano. “Com ela, vamos conseguir um metro cúbico de água por segundo. Teremos mais um metro cúbico do Guarapiranga (Estação de Tratamento de Água Boa Vista), mais quatro metros até agosto do rio Grande, totalizando seis metros cúbicos por segundo, o que é equivalente ao consumo de 1,8 milhão de pessoas para garantir água no período seco”, revelou.
O governador disse ainda que a obra está em ritmo acelerado e dentro do cronograma, já que a própria Sabesp está realizando a intervenção. “Embora pareça difícil, ela vai ficar pronta em 45 dias”, prometeu.
Alckmin também foi até a estrada do Pau a Pique, onde os tubos estão sendo instalados. “Em 45 dias, já teremos água passando por aqui”, comentou. Mesmo com essa grande obra em andamento, a necessidade de economizar foi destacada pelo governador. “Ainda temos que manter o uso racional da água”, orientou. “Quase 82% da população de São Paulo já reduziu o consumo e boa parte recebeu o bônus da Sabesp. Temos que manter esse esforço de evitar o desperdício”, disse.
“São Paulo já tem o melhor sistema de evitar a perda. A média do Brasil é 30%. A Sabesp tem 19% e a nossa meta é 16%, para isso, estamos com uma consultoria japonesa, que tem o melhor sistema do mundo em redução de perda de água e estamos trabalhando intensamente nesse esforço”, finalizou.
Fonte: Mogi News
