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BNDES quer usar R$ 10 bilhões do FGTS para financiar infraestrutura

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES quer usar os R$ 10 bilhões de reforço do fundo que conta com recursos da poupança forçada dos trabalhadores para financiar projetos de infraestrutura de energia e logística, como a Hidrelétrica de Santo Antônio e a usina nuclear Angra 3, os aeroportos de Galeão e de Guarulhos e até mesmo um terminal privado, localizado às margens da Rodovia Castelo Branco.

O jornal “O Estado de S. Paulo” obteve a relação dos empreendimentos que o BNDES apresentou ao fundo de investimento que usa os recursos do FGTS (FI-FGTS para aplicar em projetos de infraestrutura. No total, as sugestões somam R$ 10,8 bilhões. A análise será feita na próxima reunião do comitê de investimento – que conta com representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões -, marcada para quarta-feira, 24.

Depois que o conselho curador do FGTS autorizou o reforço do caixa do banco com os recursos do fundo, os desembolsos para esses projetos, que já estão em obras, dependem do aval do comitê do FI-FGTS e da aderência deles às regras do fundo de investimento. Se algum deles for recusado, o BNDES terá que trocá-lo por outro. Na relação entregue pelo BNDES estão aportes de R$ 45 milhões na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.

Os membros do comitê podem ponderar que essa usina em construção no Rio Madeira, em Porto Velho (RO já recebeu R$ 2 bilhões em financiamentos do fundo, segundo o último balanço. O consórcio construtor da usina é formado pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, cujos presidentes foram presos na última sexta-feira, em mais uma fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga corrupção na Petrobras.

Outro investimento que pode ser vetado pelo comitê é a destinação de R$ 173,5 milhões para a construção do aeroporto privado Catarina, projeto da construtora JHSF localizado em São Roque (SP). A JSFH quer construir uma espécie de minicidade, batizada de Parque Catarina, nos dois lados da Rodovia Castelo Branco. O projeto prevê um shopping, três torres de escritórios, um centro médico e hospitalar, uma escola ou faculdade e um hotel. Energia Pela lista, a maior parte dos recursos será investida em energia – 31,3% do total que está sendo pedido. Serão R$ 400 milhões à usina nuclear Angra 3, cujas obras foram reiniciadas em 2009 pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, depois de 23 anos paradas. A usina também faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

A maior parte dos aportes em energia deve ser feita à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), empresa do grupo Eletrobras. O BNDES quer colocar R$ 1,2 bilhão do FI-FGTS na companhia, em dois projetos. Rodovias devem receber 27,5% do total dos recursos. Entre as contempladas devem estar a BR-040 (R$ 331,7 milhões e BR-050 (R$ 105 milhões). As concessionárias CCR, Transbrasiliana, Viapar e Via Bahia também serão contempladas.

Os projetos em ferrovias abocanharão 21,7% do total, sendo que a Vale deve receber aportes de R$ 1,7 bilhão, dos R$ 2,3 bilhões destinados ao setor, para a construção de um ramal ferroviário que viabilizará a implantação do maior projeto de minério de ferro da companhia. O ramal ferroviário liga a mina de Serra Sul de Carajás à Estrada de Ferro Carajás, no Estado do Pará, parte integrante do projeto que permitirá a expansão da capacidade de transporte de minério de ferro na região para 230 milhões de toneladas métricas por ano, mais do que o dobro da produção da maior mina da empresa, Carajás.

Fonte: Correio 24H

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