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Universalização do saneamento traria R$ 65 bilhões a SP em 20 anos, diz estudo

Novo relatório do Instituto Trata Brasil comprova que os benefícios da universalização do saneamento básico no Estado de São Paulo superariam em muito os custos dos investimentos.

Após lançar o estudo sobre os Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica, publica o diagnóstico “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento em São Paulo”.

Ele quantifica os ganhos do saneamento básico nas áreas da saúde pública, turismo, valorização imobiliária, produtividade do trabalhado, entre outras.

Após lançar o estudo sobre os Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica, publica o diagnóstico “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento em São Paulo”.

Ele quantifica os ganhos do saneamento básico nas áreas da saúde pública, turismo, valorização imobiliária, produtividade do trabalhado, entre outras.

RESULTADOS GERAIS

Considerando o custo médio para se levar água e esgotos às moradias no Estado de São Paulo, o estudo estimou que para se chegar à universalização dos serviços serão necessários R$ 26,7 bilhões em 20 anos – a valores presentes e a preços de 2014 – ou seja, precisaríamos de um investimento anual mínimo de R$ 1,3 bilhão.

Em duas décadas, já descontando os custos da universalização, os ganhos econômicos e sociais trazidos pela expansão dos serviços em suas diversas áreas alcançariam R$ 64,9 bilhões.

Isso significa que a universalização do saneamento traria ganhos expressivos para os paulistas, muito superiores aos custos da universalização.

Os cálculos permitem concluir que, na média do período que vai de 2015 a 2035, a cada R$ 1.000,00 que se investirá na expansão da infraestrutura de saneamento, a sociedade brasileira obterá R$ 2.426,00 de retorno social no longo prazo.

Para entender os valores, o texto a seguir detalha os ganhos em cada área – geração de renda e emprego, saúde, educação, produtividade e renda, turismo, valorização imobiliária.

1. GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO GERADOS PELA EXPANSÃO DO SANEAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO – 2005 a 2015

Em dez anos, o Estado de São Paulo investiu R$ 3,1 bilhões em média por ano na expansão dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto, gerando quase 48 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, o que permitiu uma geração de renda de R$ 3,7 bilhões por ano na economia esses empregos.

Isso significa que, nesse período 2005-2015, cada R$ 1.000,00 investido em obras de saneamento no Estado de São Paulo gerou uma renda na cadeia produtiva da construção civil de R$ 1.190,00 na economia, uma relação que mostra o efeito multiplicador de renda dos investimentos em saneamento.

Isso se deveu porque no Estado de São Paulo se investiu mais em saneamento básico, mesmo num período em que os investimentos no país foram baixos.

Nos mesmos 10 anos, as operações de água e esgotos no estado geraram uma receita operacional de R$ 13,3 bilhões em média por ano, e que sustentaram 94 mil empregos e R$ 14,7 bilhões de renda anual na economia paulista.

2. IMPACTOS NA SAÚDE, PRODUTIVIDADE, VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA E TURISMO

2.1 SAÚDE

Como é de conhecimento geral, a falta de água tratada tem impacto direto sobre a saúde das pessoas, principalmente nas crianças e nos idosos, e as doenças mais diretamente ligadas são as diarreias e infecções gastrointestinais.

Em 2013, o Estado de São Paulo teve 2,9 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito.

Em termos relativos, ou seja, quando se considera a população, a incidência de afastamento por diarreia foi de 2,6 casos por 1.000 habitantes. Apesar de elevada, essa taxa foi 33% menor do que a verificada dez anos antes, em 2003.

No país, a taxa de incidência dos afastamentos por diarreia e vômito foi de 2,9 casos por 1.000 habitantes em 2013, com queda de 35% em dez anos.

Considerando apenas as internações por conta de doenças gastrointestinais infecciosas, em 2013 tivemos 19,2 mil hospitalizações. Nesse ano somente o SUS (Sistema Único de Saúde) pagou R$ 7,6 milhões nessas internações.

Em havendo a universalização em 20 anos (2015-2035), espera-se uma redução dos custos com saúde de R$ 2,2 bilhões no Estado de São Paulo, o que representa uma economia anual de R$ 110 milhões.

2.2 PRODUTIVIDADE DO TRABALHADOR

De 2005 a 2015, a expansão do saneamento paulista permitiu um aumento da produtividade do trabalho e isso resultou num ganho de R$ 8,0 bilhões na economia.

O estudo mostra também que caminhando para a universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário em 20 anos (2015-2035) a sociedade paulista se beneficiará com mais R$ 8,2 bilhões, sendo um ganho anual de R$ 408 milhões.

2.3 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Estudos mostram que, comparando dois imóveis iguais em áreas com e sem saneamento, o imóvel com saneamento te um valor 14% maior, em média, do que aquele sem acesso ao saneamento.

No Estado de São Paulo, de 2005 a 2015, os ganhos do setor imobiliário devidos ao avanço do saneamento foram de R$ 30,7 bilhões. Com a universalização esse um ganho no setor imobiliário chegaria a R$ 42,1 bilhões de 2015 a 2035.

2.4 TURISMO

O Estado de São Paulo possui grande atratividade turística, sobretudo devido à longa extensão litorânea e outros atrativos como a mata atlântica, serras e locais repletos de rios.

É sabido que a existência da infraestrutura de saneamento é fundamental para preservar a natureza e atrair turistas.

O estudo apontou que o avanço no saneamento gerou para o Estado, entre 2005 e 2015, o valor de R$ 5,2 bilhões, ou seja, mais R$ 402 milhões ao ano no período. Já a universalização traria mais R$ 3,6 bilhões entre 2015 a 2035 (R$ 179 milhões por ano).

Fonte: Trata Brasil.

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