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RJ: Estiagem na cidade seca grama e lagos do Parque Lage e da Quinta da Boa Vista

RIO – Embora as torneiras das casas continuem com água, a estiagem no município, que ficou 113 dias sem chuva forte até esta sexta-feira, afetou em cheio cartões-postais da cidade. No Parque Lage, lagos e grama secaram. Uma situação que se repete na Quinta da Boa Vista. A temperatura máxima no Rio sexta-feira alcançou 37,8 graus, em Realengo. A mínima foi de 22,2 graus, na Marambaia, também na Zona Oeste. Mas a sensação térmica no município chegou a 40 graus na Penha.

De acordo com a meteorologista do Climatempo Bianca Lobo, uma massa de ar quente impediu chuvas no Sudeste em outubro. A cidade do Rio registrou um acumulado de 26,4 mm de precipitação, muito abaixo da média histórica, de 112,7 mm.

— Em novembro, o cenário deve mudar — afirma a especialista.— A tendência é a entrada de uma frente fria já na primeira semana do mês, com nuvens carregadas.

Apesar da previsão de chuvas esparsas em alguns momentos neste fim de semana, o temporal que castigou Vitória quinta-feira não vai chegar ao Rio.

— Existe previsão de chuva hoje (sábado), mas não tão forte quanto no Espírito Santo — afirma o meteorologista Almerino Marinho, do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet).

Em sabatina promovida pelo GLOBO com candidatos, em 16 de outubro, o governador Luiz Fernando Pezão chegou a manifestar preocupação com a falta de chuvas no estado. Na ocasião, afirmou que se não chovesse dentro de 30 dias, “vamos ter problemas”.

A situação é mais grave no Norte Fluminense. Segundo a prefeitura de Campos, o Paraíba do Sul atingiu o nível mais baixo no município desde que começaram a ser feitas medições, em 1922.

Diretor-executivo do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), André Marques confirma que a vazão do Paraíba do Sul (abastece o Norte Fluminense e o Guandu) está muito baixa. O volume útil do chamado reservatório equivalente (média de todas as represas) é de 7,5%, (ou 315 bilhões de litros), o mais baixo desde 2003, quando chegou a cerca de 6%. Portaria da Agência Nacional de Águas (ANA) estabelece esse volume em 10%.

— Acredito que vai começar a chover e o problema seja amenizado. Mas o Estado do Rio tem que lutar muito pelo Paraíba do Sul, porque esse rio é muito importante para os fluminenses — diz Marques, numa referência à queda de braço com o governo de São Paulo, que defende a transposição das águas do Rio Jaguari (da Bacia do Paraíba) para atender a capital paulista.

A Cedae diz que não há paralisação do abastecimento. Por e-mail, informa que, em São João da Barra, há redução do fornecimento “devido ao aumento de salinidade na captação de água”. Nos últimos dias, a captação de água é reduzida na maré alta.

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