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Balneário Camboriú Novo Decantador

Tratamento de esgoto de Balneário Camboriú/SC tem eficiência de 18% e o ideal seria 80%

Tratamento de esgoto de Balneário Camboriú

Ademais o relatório de Monitoramento da qualidade do Efluente Tratado (monitoramento do esgoto), disponibilizado na quarta-feira (10) pelo Laboratório de Controle de Qualidade de Efluentes indicou que o tratamento de esgoto de Balneário Camboriú teve eficiência média de 18%, em dezembro, quando o ideal seria próximo a 80%

O resultado é decorrente de problemas na Estação de Tratamento da Emasa, que poderiam ser resolvidos com investimento de apenas R$ 4 milhões, correspondentes a 11 dias de faturamento da autarquia municipal.

Essa omissão, causou enormes prejuízos difusos à cidade. Pois a praia central ficou quase totalmente poluída na temporada 2023 e o problema prossegue também neste verão.

A eficiência da ETE pode ser visualizada no item “Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5)” – foram realizadas 18 análises em dezembro, com resultado médio de 18% de eficiência no tratamento de esgoto – ou seja, Balneário Camboriú despeja cerca de 75% do esgoto coletado, quase in natura, no Rio Camboriú, que hoje é um rio praticamente morto, pois a cidade vizinha, Camboriú, também não trata seu esgoto.

Mas o vereador André Meirinho, que é autor da lei de Segurança Hídrica e Desenvolvimento Sustentável e acompanha de perto a situação, vem tentando abrir uma CPI para entender de fato o que acontece na ETE desde fevereiro/2023, mas só conseguiu cinco assinaturas – a dele e dos vereadores Lucas Gotardo, Juliana Pavan, Patrick Machado e Eduardo Zanatta).

“O Página 3 expôs que a eficiência era baixa, eles [Emasa] negavam e agora o relatório de dezembro mostrou isso. É uma situação muito triste, porque se a gente for pensar que o nome da nossa cidade é Balneário Camboriú, balneário é balneabilidade, e não temos balneabilidade. Na realidade, a eficiência do tratamento de esgoto é de 18%”, reclama Meirinho.

Tratamento de esgoto de Balneário Camboriú

Ele lembra que a ETE de Balneário Camboriú, nas mãos da Emasa, já foi referência. Mas que por falta de gestão foi ‘detonada’, com a cidade sendo manchete nacional por conta da falta de balneabilidade na Praia Central.

“Impacta não só na reputação da cidade, mas também na saúde pública – tanto nos hospitais privados como na nossa rede pública há muitas pessoas com virose, e em função disso os atendimentos demoram mais, geram mais filas… quanta coisa é impactada pela má gestão, e em uma ETE que era referência”, afirma.

Então o vereador aponta também que a Emasa chegou a repassar mais de R$ 100 milhões para a prefeitura porque era superavitária. E depois, em julho/2023, pediu o financiamento no mesmo valor para cobrir a obra da ETE.

“Agora vem a história da privatização. Estão acabando com uma empresa e com sua reputação, para inserir uma discussão de privatização para uma empresa altamente superavitária, com quase 100% da rede de esgoto feita na cidade. A Emasa tem recurso para fazer o que precisa, mas intencionalmente estão levando para esse caminho”, acrescenta.

Confiante de que CPI será aberta neste ano

Diante de tudo isso, Meirinho relembra que há motivo de sobra para abrir a CPI. E entender de fato o que aconteceu na ETE e de quem é a culpa pela situação catastrófica que a cidade agora vive.

“Tem coisa para ser levantada e investigada, como sou perseverante, estou iniciando 2024 com esperança. Quem sabe alguns vereadores mudem de ideia, dependendo de movimentos políticos, para que a população possa ter o processo de CPI, para analisar cada um desses dados. Foi má gestão e precisa ficar claro quem deixou acontecer isso. E se está tudo certo, como dizem que está, que mostrem, que nos permitam fazer a CPI. O povo merece isso, como representante do povo vou continuar defendendo isso”, completa.

Fonte: Página3.

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