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Curitiba/PR lança compostagem comunitária em ecopontos

Imagem Ilustrativa

A compostagem é uma velha conhecida de Curitiba. Diversos projetos na capital do Paraná, como o Compostroca, já aplicam as técnicas de transformar resíduos orgânicos em composto, mas agora um novo programa de compostagem comunitária deve ampliar a alternativa para a população.

Moradores poderão encaminhar restos de alimentos a composteiras comunitárias na cidade

Batizado de Programa de Compostagem, a iniciativa vai possibilitar que todos os moradores encaminhem seus resíduos domiciliares orgânicos a composteiras comunitárias. Os espaços serão criados nos ecopontos, hoje destinados a coleta seletiva de lixo reciclável e resíduos da construção civil. Dois ecopontos já contam a novidade e outros oito receberão as estruturas de forma gradativa, segundo a prefeitura.

A compostagem comunitária é uma solução eficiente para a gestão dos resíduos urbanos. Afinal, mais da metade do lixo produzido no Brasil é formado por resíduos orgânicos. Só em Curitiba, 40 mil toneladas de resíduos orgânicos vão parar em aterros sanitários todos os meses, estima a gestão.

A degradação de restos de alimentos em aterros sanitários libera gás metano – causador do efeito estufa e até mais prejudicial do que o CO2.


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Como vai funcionar as composteiras comunitárias

A compostagem transforma materiais orgânicos em húmus, um composto rico em nutrientes, que pode ser usado para fertilizar hortas e jardins de modo natural sem uso de agrotóxicos. No caso da ação em Curitiba, as composteiras comunitárias nos ecopontos vão receber cascas e restos de frutas, de legumes e verduras (todos crus), cascas de ovos, filtros e borra de café, saquinhos de chá e restos de folhas.

Sem especificar o desenrolar das ações, Edelcio Marques dos Reis, diretor do Departamento de Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, afirma que, além dos ecopontos, o programa vai abranger diversos segmentos da sociedade, passando pelas hortas comunitárias e incluindo grandes geradores.

O material pode ser levado todos os dias pelos moradores, o limite é de 600 litros por semana. No local, um zelador receberá os resíduos e estimará o volume de resíduos a ser colocado na composteira no fim do dia. Desta forma, não sobrecarrega a estrutura e também calcula o montante desviado do aterro por meio do programa.

“Os resíduos colocados na composteira são cobertos com material seco (capim ou serragem), o que impede a formação de chorume em excesso, além de prevenir a propagação de odor e a atração de vetores de doenças”, explica a prefeitura.

O composto resultante do processo será usado como adubo pela própria comunidade, em atividades de cultivo ou jardinagem.

Fonte: Ciclo Vivo.

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