INT Resíduos Agroindustriais
O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) apresenta na ExpoT&C, de 14 a 19 de julho, soluções tecnológicas de baixo carbono em diferentes vertentes.
Entre estas estão transformações químicas e bioquímicas de diversos resíduos agroindustriais, gerando biocombustíveis e diversos bioprodutos de alto valor agregado.
O amido é uma das fontes de matéria-prima renováveis mais abundantes no planeta. O que poucos sabem, e que o INT mostra nesta exposição tecnológica integrante da 77ª Reunião Anual da SBPC, é que ele também está presente em fontes residuais, como a amêndoa do caroço de manga.
Submetido ao processo de hidrólise total, o amido forma a glicose, que é uma importante molécula plataforma com potencial para formar vários produtos de valor agregado como sorbitol e hidroximetilfufural (HMF).
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Já o bagaço e a palha da cana são resíduos compostos por lignina, celulose e hemicelulose. Que contêm principalmente aromáticos, glicose e xilose na sua composição. A partir da xilose os pesquisadores do INT desenvolveram rotas para obter produtos utilizados na indústria química, alimentícia, farmacêutica e biocombustíveis como o SAF (combustível sustentável de aviação). Pesquisadores também obtêm este biocombustível — que substitui o querosene de aviação (hidrocarbonetos com entre 9 e 16 átomos de carbono) — a partir de terpenos extraídos de fontes residuais, como a casca da laranja (limoneno) e folhas de eucalipto (citronelal).
INT Resíduos Agroindustriais
Outro projeto mostrado pelo INT corresponde a uma solução de baixo custo para a descarbonização: a produção de microalgas. Podendo usar como insumo para seu cultivo o dióxido de carbono (CO2) residual de indústrias. Esses microrganismos, com colheita contínua em todas as épocas do ano, são a base para extrair bioprodutos como lipídeos para biodiesel, bioativos para suplemento alimentar, e precursores para plásticos biodegradáveis, tintas naturais e bioestimulantes vegetais.
Resíduos como a semente de açaí também são valorizados por soluções de biorrefinaria. Que permitem neste caso a obtenção de produtos como manose, prebióticos e polifenóis, com alto potencial como ingredientes na indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia. Resíduos agroindustriais da região do Semiárido, provenientes da cana-de-açúcar, mandioca, sisal e palma, também são alvo desses estudos.
O INT disponibiliza todas essas soluções para visitação do público em seu estande. Que fica logo na entrada no pavilhão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação na ExpoT&C.
Fonte: GOV.