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Ong de Cruzeiro do Sul pretende acabar com lixão que fica ao lado de igarapé/MG em até um ano e meio

Na última semana, um desmoronamento fez com que toneladas de lixo do local fossem parar dentro de um igarapé. Ong faz retirada de resíduos do manancial.

O lixão da cidade de Cruzeiro do Sul está com os dias contados, segundo o Centro Brasileiro para a Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável (CBCN). A Ong trabalha na recuperação do local e quer acabar com o lixão em um prazo de um ano e meio.

Nos últimos meses, um trabalho de recuperação vem mudando a cara do local. Toda a área foi sinalizada, o lixo está sendo separado por tipos e trincheiras estão sendo abertas para o depósito de animais mortos e resíduos sólidos urbanos.

O local fica próximo a um igarapé e, na região, moram dezenas de famílias. Além dos prejuízos ao meio ambiente, os moradores reclamam do mau cheiro dos resíduos que ficavam espalhados na rua.

Tratamento dado ao lixo

O autônomo Francisco Souza mora na região há 16 anos e conta que precisou se mudar por conta das dificuldades que ele e a família tinham que enfrentar.

“Nós passávamos por cima dos ossos de restos de animais que ficavam na rua. Tinha até couro de boi no meio da estrada e cachorro morto. Minha família saiu daqui porque não tinha condições. Nem de bicicleta dava para passar”, relatou Souza.

O coordenador de resíduos sólidos da CBCN, Jocélio Araújo, explicou o trabalho que está sendo feito. Segundo ele, o novo tratamento dado ao lixo, a intenção é encerrar as atividades no local em um ano e meio.

Unidade de tratamento de resíduos

“O propósito é encerrar esse lixão, não dá para transformar em aterro. Vamos construir uma nova unidade de tratamento de resíduos, onde vamos gerar energia elétrica. Mas, vai demorar entre um ano e um ano e meio, então, a gente tem que operar aqui ainda durante esse tempo”, disse Araújo.

Na última semana, um desmoronamento fez com que toneladas de lixo fossem parar dentro do igarapé próximo ao lixão. O trabalho agora é para retirar todo o material.

“Houve o desmoronamento, onde caiu no igarapé todo esse resíduo. Abrimos uma estrada, tivemos que fazer um acesso para as máquinas e caçambas e já começamos o processo de retirada do lixo”, garantiu Araújo.

Para o coordenador, durante décadas o trabalho foi feito de forma irregular, caracterizando crime ambiental.

“A gente não sabe até onde está contaminado, por conta do lençol. Não sei precisar quantos anos vai levar para poder essa água voltar a ficar limpa. No primeiro momento, vamos tirar os resíduos do igarapé e a própria natureza vai se encarregar de fazer isso ao logo do tempo. Mas, por um bom tempo, essa área estará contaminada”, finalizou.

Fonte: G1

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