Usina de dessalinização é opção para enfrentar escassez de água
Além de esgoto tratado, é importante que exista água potável para atender ao incremento da população em períodos específicos do ano.
Além de esgoto tratado, é importante que exista água potável para atender ao incremento da população em períodos específicos do ano.
A falta de água potável é uma questão crítica que afeta diretamente a qualidade de vida e a saúde das comunidades. Em Porto Alegre, a situação se agrava com relatos de até 85% da cidade sofrendo com a escassez desse recurso vital.
No Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, os brasileiros confrontam desafios significativos, com destaque para a necessidade urgente de reutilização da água, uma prática ainda pouco difundida no país.
Atualmente em consulta pública, o novo contrato da Sabesp encontra-se em processo de desestatização, proposto pelo governo do estado de São Paulo. Os investimentos estão previstos em R$ 18,6 bilhões até o ano de 2060, no Vale do Paraíba e Litoral Norte. Cerca de R$ 5 bilhões serão destinados à universalização do saneamento básico nas 28 cidades atendidas pela Sabesp na região até 2029. As obras que pretendem levar água potável, coleta e tratamento de esgoto para toda a população, foram definidas com as prefeituras.
A Baixada Santista deve receber R$ 22,3 bilhões em investimentos da Sabesp, até 2060, com o novo contrato de concessão proposto pelo Governo de São Paulo no processo de desestatização da companhia – o documento está em etapa de consulta pública até o dia 15 de março.
A qualidade da água destinada ao consumo humano deve atender ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação brasileira vigente, Portaria GM/MS 888/2021, uma vez que a água pode veicular grande quantidade de contaminantes microbiológicos e/ou físico-químicos causadores de doenças.
Nesta terça-feira (20/2), a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal votará o Projeto de Lei (PL) 2.298/2021 que assegura prioridade de acesso ao saneamento básico para escolas e creches públicas. De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), o projeto busca modificar as diretrizes nacionais para o saneamento básico, garantindo que instituições de ensino tenham acesso à água potável, esgotamento sanitário e coleta de resíduos.
Saneamento básico, que engloba o acesso a água potável, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais, é algo crucial para o desenvolvimento socio-econômico de um país. No Brasil, a situação está muito distante do que seria considerado ideal. De acordo com dados recentes do estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil quatro milhões de brasileiros não possuem banheiro em suas residências.
Vazamentos em tubulações internas de imóveis são comuns de ocorrer, mas muitas vezes difíceis de serem identificados, ocasionando grande desperdício de água e de dinheiro. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil, divulgada em junho de 2021, referente ao ano de 2019, 39,2% de toda a água potável distribuída no país não chega às residências do país, o que representa um volume equivalente a 7,5 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente – segundo o levantamento, cerca de 60% destas perdas são decorrentes de vazamentos.
O reúso das águas que passam por tratamento de esgoto é bastante comum para fins não potáveis, como irrigação, vaso sanitário e processos industriais.