Alckmin quer estender bônus para quem economizar água
Para recuperar nível das represas, governador irá prolongar desconto de 30% na conta para quem gastar menos. Nesta quinta (10/07/14), Cantareira chegou a 18,7%.
Para recuperar nível das represas, governador irá prolongar desconto de 30% na conta para quem gastar menos. Nesta quinta (10/07/14), Cantareira chegou a 18,7%.
Quase três meses após ter sido anunciada como uma das medidas para enfrentar a crise do Sistema Cantareira, a multa da água foi descartada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) na manhã desta quarta-feira, 9.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou um aplicativo que vem instalado no iPhone para monitorar a possibilidade de chuva nas cidades com represas do Sistema Cantareira, que vive a maior crise de abastecimento da história.
Em 35 dias consecutivos de captação de água, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já retirou 26% dos 182,5 bilhões de litros do chamado volume morto do Sistema Cantareira.
Na tentativa de evitar o racionamento de água oficial na Grande São Paulo, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já gastou cerca de 160 milhões de reais com obras para suprir a histórica crise de estiagem do Sistema Cantareira.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira, 5, que a situação do Sistema Cantareira, que abastece a cidade de São Paulo e outros municípios, é "sensível".
Com a seca cada vez mais crítica, a ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAEE (Departamento de Águas e Esgoto) reduziram novamente a vazão de retirada de água do sistema Cantareira. Agora, o máximo recomendado é 19,7 m³ por segundo.
O comitê anticrise que monitora o Sistema Cantareira rejeitou, pela segunda vez, o plano de contingência apresentado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para operar o manancial pelos próximos cinco meses. Ao mesmo tempo, os órgãos reguladores decidiram reduzir em 8,4% a vazão máxima que a empresa pode retirar das represas para abastecer, hoje, cerca de 7,3 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
Enquanto a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mantém o discurso de que o volume de água atual dos sistemas Cantareira e Alto Tietê é suficiente para durar até março e de que as chuvas a partir de outubro normalizarão os dois reservatórios, especialistas alertam para uma realidade bem menos otimista. Chefe do Departamento de Recursos Hídricos da Universidade de Campinas (Unicamp), Antônio Carlos Zuffo calcula em no máximo 100 o número de dias em que as 30 milhões de pessoas dependentes dos sistemas se verão completamente sem abastecimento caso medidas concretas não sejam tomadas para mudar a situação atual.
O consórcio PCJ, que abrange rios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, dá o dia 7 de julho como prazo máximo para que acabe a água do volume útil do Sistema Cantareira, principal abastecedor da Grande São Paulo e da região de Campinas. A partir dessa data, o sistema funcionará apenas com a reserva do volume morto.