‘Técnico não decide’, diz secretário que administra crise hídrica em SP
Autoridade mundial, ele diz que dá opções para decisão na esfera política. Benedito Braga faz 'mea culpa' sobre comunicação de cortes de água.
Autoridade mundial, ele diz que dá opções para decisão na esfera política. Benedito Braga faz 'mea culpa' sobre comunicação de cortes de água.
Comissão convocará atual e ex-presidente da Cedae para primeira sessão. Objetivo da comissão é buscar soluções para a falta de água no estado.
Entre esses clientes há 42 que assinaram seus contratos em 2014, quando a escassez de água já ameaçava com deixar São Paulo em uma situação delicada.
Na relação com os negócios firmados na Região Metropolitana estão condomínios comerciais, hospitais, clubes de futebol, supermercados, indústrias de vários segmentos, igrejas, empresas de comunicação e de transporte público, como o Metrô, entre outros.
Quase metade da água destinada aos grandes consumidores da Grande São Paulo sai do Sistema Cantareira. Dos cerca de 1,8 bilhão de litros que abasteceram, em janeiro, os 526 clientes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que têm contratos de fidelidade, com tarifas vantajosas, 851 milhões (46,5%) deixaram o manancial que está em situação mais crítica.
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), criticou nesta segunda-feira a falta de investimentos no combate à crise de abastecimento de água em São Paulo, cuja responsabilidade é do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).
Sistema Cantareira permanece desde segunda-feira com 11,7% da capacidade
Cobrado pelos prefeitos sobre informações mais claras para a população, Braga afirmou: "Não há rodízio no nosso plano". O secretário projeta "pouca" chuva em março, "muito pouca" em abril e "quase nada" nos meses seguintes. Sobre as previsões, porém, fez uma ressalva. "A previsibilidade do sistema climático é pior que o da economia."
Atualmente, 768 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada, 2,5 bilhões não melhoraram suas condições sanitárias e 1,3 bilhão não têm acesso à eletricidade, de acordo com a ONU.
Em 2008, em meio à pior seca da Espanha em 60 anos, Barcelona recorreu a uma forma inédita – e drástica – de abastecimento: importar água.