Cedae Abastecimento de Água
Por: Paula Martini
A (Cedae) interrompeu no início da manhã da segunda-feira (28) o abastecimento de água a partir da (ETA) Guandu, que atende cerca de 11 milhões de pessoas.
A companhia realizou a interrupção às 5h30, após identificar focos de espuma branca no local.
Então para garantir a segurança da população atendida pelo Guandu, a Cedae informou que acionou o protocolo de contingência “em razão das alterações da qualidade da água bruta (não tratada)”.
A Estação de Tratamento de Água do Guandu atende aos municípios de Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Itaguaí, Queimados e Rio de Janeiro. Segundo a concessionária, o sistema deve voltar à normalidade no fim do dia.
A estação de tratamento do Guandu tem capacidade de vazão de 45 mil litros por segundo, o que a torna o maior parque de produção de água da América Latina. A estação entrou para o Guinness Book em 2007.
Mas, afinal, qual é a origem da espuma?
Mas de acordo com Daniel Okumura, diretor de saneamento e grande operação da Cedae, os técnicos detectaram a presença de surfactante na água.
“Não é uma presença comum, tanto que raramente tem esse tipo de evento ocorrendo na estação. É um fato pontual”, afirmou Okumura ao Valor.
Origem da Espuma
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a delegacia de proteção ao meio ambiente apuram de onde a substância pode ter saído. Segundo o diretor, a origem do detergente será identificada a partir de investigação do Inea e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Portanto uma das hipóteses é que a espuma tenha vindo a partir de um dos afluentes do Guandu, como os rios Ipiranga, Queimados e Poços.
Para Okumura, a possibilidade de sabotagem é remota devido ao tamanho do sistema. A suspeita foi levantada pelo presidente do Inea, Phelipe Campelo, de acordo com o portal g1.
“Sabotagem é um termo muito pesado para esse tipo de situação. Pode ter sido um crime ou incidente. Sabotar um sistema desse porte é muito complicado.”
De acordo com a Cedae, técnicos monitoram continuamente as condições do manancial e a operação será retomada assim que a situação for normalizada.“Estamos fazendo análises da qualidade do rio e assim que estiver de acordo com todos os parâmetros que determina a legislação, vamos retomar abastecimento com segurança”, disse Okumura.
Portanto consumidores sem reserva, como caixas d’água e cisternas, podem ser afetados pela interrupção da captação e aqueles que ficam no final da rede podem sentir maior lentidão no restabelecimento das operações.
A responsabilidade pela distribuição fica a cargo das concessionárias de água e esgoto nas regiões atendidas pelo sistema Guandu.
Em conclusão as concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu, também foram comunicadas.
Fonte: Valor.