saneamento basico

Aproveitamento de água de chuva para limpeza de veículos em empresa de materiais para construção civil no interior paulista

Resumo

A escassez da água é uma dificuldade conhecida em muitos locais. Esta situação resulta do elevado consumo dos recursos hídricos, do desperdício e, sobretudo, da falta de políticas públicas que incentivem o uso sustentável deste bem. O uso de fontes alternativas de suprimento é citado como uma das soluções para o problema de escassez. Nesse sentido, o trabalho relata estudo de caso realizado em empresa do seguimento de materiais para construção civil, que utiliza água de chuva na limpeza da frota de veículos/equipamentos.

O objetivo do trabalho foi analisar este sistema, verificando o dimensionamento, sua viabilidade econômica e qual o tempo necessário para a empresa obter o retorno do investimento. Foi realizada revisão bibliográfica para obter informações sobre a pluviometria local e dados referentes à demanda de água não potável e o valor do investimento realizado. Com os dados obtidos, analisou-se a eficiência do sistema e comparou-os com as especificações de normas e literatura técnica. Os resultados foram: consumo diário médio de 236,50 litros/dia, investimento de R$ 3.667,40 e previsão de retorno do investimento em aproximadamente 9,5 anos. Concluiu-se que o sistema, embora necessite de ampliação para atendimento da demanda, apresenta-se eficiente e economicamente viável.

Introdução

A água é fundamental para a sobrevivência dos seres vivos e, embora exista em abundância na natureza, a escassez é uma preocupação em diversas regiões brasileiras, devido ao consumo desenfreado deste recurso finito, ao desperdício e à ausência de políticas públicas que incentivem o uso racional da água. Uma das medidas para tentar amenizar este problema é a utilização de fontes alternativas de suprimento.

A implantação de sistema para aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis se constitui em alternativa simples, tendo como finalidade a redução de consumo de água potável para fins menos nobres, tais como: limpeza de calçadas e de veículos, irrigação e transporte de sólidos entre outros.

Segundo Jabur, Benetti e Silliprandi (2011), os benefícios da utilização e captação de água de chuva são vários, entre eles: preservação de águas com boa qualidade para fins menos nobres, redução do escoamento superficial nas áreas urbanas e gratuidade (tendo apenas como custo o valor da implantação do sistema). Embora o aproveitamento de água de chuva seja muito pouco difundido e utilizado no país, o manejo e o aproveitamento da água proveniente da chuva não é uma prática recente.

Segundo Tomaz (2008), pesquisa realizada em Hamburgo (Alemanha), indicou que 94% dos moradores de 346 propriedades visitadas que contavam com sistema para aproveitamento de água de chuva estavam satisfeitos com o sistema e recomendavam sua implantação. De acordo com Silva, Albanez e Vitro (2015), quando um sistema de aproveitamento de água de chuva é implantado seguindo os critérios estabelecidos por norma, bem como utilizando recomendações de pesquisadores que estudam o tema, o sistema implantado promove considerável economia na tarifa mensal paga à concessionária que administra o sistema de abastecimento de água.

Segundo a NBR 15.527, intitulada “Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis”, na fase de projeto devem ser analisados e considerados entre outros parâmetros: alcance de projeto, demanda de água, precipitação média local, área de coleta e coeficiente de escoamento (ABNT, 2007).

O presente trabalho abordou um estudo de caso com o objetivo de verificar o dimensionamento e analisar o Sistema de Aproveitamento de Água Pluvial (SAAP) para fins não potáveis (limpeza da frota de veículos) em uma empresa de materiais para construção civil no interior paulista.

O estudo teve início com o levantamento bibliográfico sobre a demanda do SAAP. Para tal, em abril de 2015, foi instalado hidrômetro junto ao reservatório de armazenamento, que permitiu a realização de leituras diárias do consumo de água, cujos dados que foram organizados e representados por ilustrações gráficas.

Autores: Paulo Vaz Filho; Katia Sakihama Ventura; Rafael Lustri da Silva; Robson de Lucca Albanez; Rodrigo Camargo Vitro e Thais Madaschi.

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