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Avaliação do resíduo de fibras de polipropileno do processo de fabricação de não tecido como agente de contenção de petróleo e óleo de xisto

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Resumo

A contenção de petróleo e de óleo de xisto se faz necessária para evitar maiores danos ao meio ambiente. Essa operação pode ser realizada com uso de material sorvente. Alguns sorventes constituídos de polipropileno são usados na contenção de óleos por possuírem características oleofílicas e hidrofóbicas. Fibras de polipropileno podem ser obtidas pelo processo de derretimento por fluxo de ar quente (meltblown) e sua trama ser usada para produzir não tecido comumente aplicado como sorvente em fraldas. As sobras geradas geralmente são destinadas para reciclagem na produção de baldes, vassouras, potes entre outros materiais plásticos. Esse estudo contribuiu para valorizar esse resíduo como material sorvente de petróleo e óleo de xisto com potencial uso para casos de derramamentos. Por análise de microscopia do resíduo, as fibras apresentaram superfície não uniforme com variação do diâmetro das fibras e diferenças entre a disposição das tramas possuindo morfologia de aspecto visual rugoso. O teor de umidade e da hidrofobicidade no resíduo in natura foram de 0,11% e 99,56%, respectivamente, sendo resultados satisfatórios de acordo com as normas ABCP M 1 e ASTM 726-12. A avaliação do desempenho de sorção do resíduo gerado foi realizada laboratorialmente em meio estático e aquoso bem como dinâmico aquoso. A capacidade de sorção foi calculada pela diferença de massa inicial e após a sorção, proposta pela norma ASTM 726-12. Nos ensaios realizados, o sistema que apresentou melhor desempenho foi o estático seco, atingindo as capacidades de sorção do petróleo e óleo de xisto em 28,2 e 22,9 g.g-1 , respectivamente. Em todos os ensaios, a capacidade de sorção aumentou à medida que se manteve o sorvente e o sorvato em contato por um período maior. Os ensaios em coluna de leito fixo, recheado com o resíduo sobreposto na forma livre, foram utilizados para a verificação da capacidade de limpeza de águas contaminadas. A preparação das misturas óleo e água deionizada foram na proporção de 1:7 sendo os resultados determinados por cromatografia gasosa. O recheio da coluna apresentou saturação no mecanismo de limpeza ao transcorrer cada intervalo de coleta de amostra. As correntes de saída inicial para a mistura petróleo e água apresentou redução de 99% da concentração de BTEX e para a mistura óleo de xisto e água apresentou redução de 97%. Os ensaios realizados com o resíduo de polipropileno demonstraram a possibilidade de aplicação como um material sorvente para mitigação em derramamentos de petróleo e óleo de xisto.[/vc_column_text][vc_column_text]

Introdução

Contaminações no meio ambiente, em água, solo e ar, são consideradas um grande impacto na vida dos seres vivos que possam habitar o local.

O homem é o ser vivo que mais agride o meio ambiente, por meio de atividades como descarte de resíduos industriais em locais inadequados, o descuido com rios e lagos, fontes essenciais para a vida dos seres vivos.

Uma dessas contaminações envolve o derramamento de óleos que constitui uma grande preocupação em todos os países do mundo. Tais derramamentos não só representam uma grande perda de óleo, mas também um grande impacto negativo na flora, na fauna e na saúde das espécies.

A fim de minimizar o impacto ambiental causado por óleos derramados, aplica-se com frequência, como meio de contenção, materiais sorventes produzidos com fibras de polipropileno (PP).

Esses materiais sorventes constituídos com fibras de polipropileno podem ser produzidos por diversos métodos como, por exemplo, por spunbonded onde o grânulo de polipropileno é aquecido à sua temperatura de fusão e bombeado por meio de uma ferramenta que contem orifícios por onde este polímero irá passar e sofrer um processo de estiramento formando as fibras; por meltblown onde o polipropileno também será aquecido até sua temperatura de fusão sendo bombeado por um canal existente na ferramenta e passando por um fluxo de ar quente formando os filamentos fibrosos, entre outros.

A efetividade de materiais sorventes depende de fatores relacionados às características do processo de fabricação do sorvente, das características da matéria prima e do ambiente onde será aplicado como temperatura, meio estático ou agitado. A sorção também é influenciada pelo tipo de óleo que irá sorver, como petróleo, óleo de xisto e derivados (SINGH et al., 2013; GHALY; DAVE, 2011).

Os materiais sorventes estão disponíveis na forma de particulados secos ou empacotados em forma de barreiras, travesseiros, mantas e almofadas. O uso de cada formato disponível para estes mesmos sorventes varia conforme a situação do derramamento, ou seja, sorventes na forma de almofadas e travesseiros são aplicados em derramamentos terrestres, enquanto que sorventes em forma de mantas e barreiras são recomendados durante a contenção em corpos hídricos (ANNUNCIADO, 2005).

Diversos materiais sorventes têm sido estudados para a remoção de contaminantes. Para avaliar a eficiência destes materiais em sorver óleos, podem ser realizados ensaios que simulem variações desses fatores, como a capacidade de sorção em meios homogêneos ou heterogêneos, estáticos ou agitados, hidrofobicidade entre outras variáveis.

No sentido de propor outra alternativa de material sorvente na coleta de óleos derramados e um melhor aproveitamento do volume de resíduo gerado (em torno de 20 toneladas/mês de 7.000 ton/mês de produção), verificou-se a importância de avaliar o desempenho do resíduo de polipropileno gerado no processo de meltblown durante produção de não tecido (tecido não tramado) de uma empresa da região metropolitana de Curitiba, quanto à capacidade de sorção em meio estático seco para simular a remoção direta de óleos; em meio estático e dinâmico aquoso, no caso de derrame em meio hídrico, bem como, transiente, para simular o tratamento da mistura óleo/água que ocorre durante a remoção de óleos em corpos hídricos ou na presença de outra fonte de óleo, como seria o caso de lavagem de peças contendo esse contaminante.

Este resíduo é gerado por um processo de fabricação refinado e específico, direcionado para o ramo de produção de fraudas. Diferente do processo de produção de fibras para o comércio atual de barreiras para sorção de óleo.[/vc_column_text][vc_column_text]

Autor: Márcio Cristiano Vargas Maraschin.

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