Captação e aproveitamento de água de chuva: estudo experimental da qualidade de água de um telhado verde e de um telhado convencional

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Resumo

O presente trabalho apresenta uma análise da qualidade de água de chuva drenada por duas coberturas, um telhado convencional e de um telhado verde, montado em uma bancada experimental, com o objetivo de avaliar o seu potencial de aproveitamento através de comparações às normas vigentes.

As amostras eram coletadas após os eventos de chuva de reservatórios, que drenavam a água de cada telhado, e encaminhadas ao laboratório. Foi analisada também a água de chuva precipitada, diretamente em um recipiente, como referência para os telhados. Os parâmetros considerados foram: cor, turbidez, pH, coliformes fecais e Escherichia coli, nitrito, nitrato e ortofosfato.

O aproveitamento de água de chuva é uma fonte alternativa importante e que deve ser considerada, principalmente, na crise hídrica que o planeta enfrenta atualmente.

Com este estudo, espera-se mostrar que a água de chuva oferece índices de potabilidade interessantes para diversos usos, fomentando assim o seu aproveitamento, inclusive conjugado a telhados verdes, além de dar subsídios para futuras pesquisas relacionadas ao tema.[/vc_column_text][vc_column_text]

Introdução

Nenhum recurso é mais fundamental para a saúde, o bem-estar e a prosperidade das comunidades humanas que a água. Cada vez é mais reconhecido que este é o principal meio através do qual as mudanças climáticas impactam na sociedade e no meio ambiente. Mais que um setor, os recursos hídricos são o meio pelo qual as mudanças climáticas afetam a segurança alimentar, a saúde, a geração de energia, o desenvolvimento e a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade. (FORO MUNDIAL DEL ÁGUA, 2012).

De acordo com dados oficiais da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2003), cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo sofrem com a indisponibilidade de água tratada para alimentação e para a sua higiene pessoal. Cerca de mais de 1,8 bilhão de pessoas não dispõem de serviços de saneamento básico e em muitas áreas urbanas o número de habitantes sem acesso ao saneamento tem crescido junto com o crescimento populacional. Muitos países que enfrentam carência de água potável frequentemente têm o problema agravado por falta de precipitação, poluição dos aquíferos e alta densidade populacional.

Se, por um lado, a crise hídrica assola o mundo prejudicando milhões de pessoas, por outro, a água é o recurso natural mais abundante do planeta Terra, cobrindo 70% de sua superfície, e não diminuiu sua disponibilidade em termos de quantidade, pois o ciclo hidrológico assegura que toda a água evaporada retorne através da precipitação.

Segundo Watanabe (2003) apud Ferreira Pontes (2013), essa água ao cair no solo, na sua maior parte, facilmente infiltra-se nele, abastecendo o lençol freático, que estoca essa água no subsolo, transferindo lentamente para os rios próximos através do fluxo subterrâneo e gerando nascentes de água. Outra parte fica retida na vegetação e evapora. Somente uma pequena parte escoa sobre a superfície em direção aos rios próximos, mesmo assim desaceleradamente, graças à vegetação.

Entretanto, ao ocorrer o desenvolvimento urbano, este quadro se modifica. O processo de urbanização gera uma crescente impermeabilização das superfícies, impedindo assim que a água precipitada através da chuva infiltre no solo, aumentando o percentual de água que escoa em sua superfície. Esse problema acarreta as conhecidas enchentes nas cidades nos picos de chuva.

As grandes enxurradas que intensificam as águas de drenagem superficial podem ter seu volume reduzido através da existência de sistemas diversos, tanto de captação das águas pluviais, quanto de redução do fluxo superficial das águas de chuva (ROLA, 2008).

Quanto mais intensiva a ocupação do solo pelo homem, uma menor quantidade de água infiltra-se nele. Somado a isso, a urbanização ainda acarreta um segundo problema: a formação de “Ilhas de calor urbanas”. De acordo com GARCIA (2012) apud Ferreira Pontes (2012), as “Ilhas de calor urbanas” são fenômenos microclimáticos que favorecem o aumento da temperatura em uma certa área, podendo chegar até a 10 graus de diferença em relação às áreas no entorno. Elas agravam as ondas de calor e contribuem para o aumento da precipitação convectiva, das tempestades associadas a nuvens do tipo cumulonimbus sobre a área urbana.

Através da figura 1, demonstra-se as diferenças nos modos de escoamento da água de chuva em relação à cobertura do solo. Pode-se notar que quanto mais urbanizada, mais impermeabilizada e menos arborizada a cobertura se torna, o que influi no aumento da taxa de escoamento superficial (runoff) e diminuição das taxas de infiltração.  (…)[/vc_column_text][vc_column_text]

Autora: Julia de Carvalho Gimenes.

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