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Sistemas de drenagem urbana e o saneamento: uma análise cienciométrica

Resumo

Sob a perspectiva da drenagem pluvial, a urbanização é comumente acompanhada pelo rápido aumento de áreas impermeáveis, resultando em mudanças nas características hidrológicas e hidráulicas de uma bacia hidrográfica. Dentre os principais efeitos dessas alterações podem ser citados o aumento da velocidade de escoamento, a elevação dos danos decorrentes de inundações e a possibilidade de poluição dos corpos hídricos pelo carreamento de substâncias. Assim, este trabalho visou analisar a evolução espaço-temporal dos trabalhos científicos publicados e indexados no banco de dados Web of Science quanto a relação entre a drenagem urbana e o saneamento. Foi realizada uma pesquisa cienciométrica que resultou em uma amostra de 34 artigos, analisados por meio da estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados obtidos indicam um aumento do número de artigos publicados entre 1994 e 2019, sendo que o Brasil corresponde ao país com o maior número de publicações (n = 14). Com relação às áreas do conhecimento, notou-se que aquelas com maior número de artigos correspondem aos Recursos hídricos (18%), Ciências ambientais e ecologia (17%) e Engenharia (12%). As palavras-chave mais citadas nos artigos foram “sustentabilidade”, “drenagem urbana”, “gestão”, “sistemas”, “saneamento”, “água”, “cidades”, “mudanças climáticas”, “saúde” e “poluição”. Destaca-se a importância de pesquisas multidisciplinares envolvendo novas abordagens de gestão de águas pluviais buscando a construção de cidades mais sustentáveis.

Introdução

As primeiras vilas surgiram junto aos cursos de água porque a disponibilidade desse recurso favorecia o consumo e higiene humanos, além do desenvolvimento da agricultura de subsistência. Contudo, a proximidade entre as cidades e os cursos hídricos resultava em adversidades relacionadas aos excedentes de água, tal como as inundações (Baptista & Coelho, 2016).

O desenvolvimento das primeiras obras relacionadas à Engenharia Hidráulica possibilitou a condução de água aos locais onde esse recurso era desejado, permitindo a ocupação de diferentes espaços. Entretanto, a intensificação dessa ocupação a partir do século XIX não foi acompanhada por uma infraestrutura adequada de controle das águas nas cidades, relacionadas tanto aos corpos hídricos naturais, como as águas de origem pluvial e as águas servidas (Baptista et al., 2011).

Autores: Juni Cordeiro; Fábio Henrique Silva; Felipe Angelo Neves Campera e Flávio Costa.

Artigo Completo 

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