saneamento basico

Avaliação de parâmetros na estimativa da geração de resíduos sólidos urbanos

Resumo

Em áreas urbanas, estudos e ações, em escala de bacia hidrográfica urbana, para identificação do “Ciclo Lixológico”, são essenciais para se evitar ou minimizar as destinações inadequadas de resíduos sólidos e, consequentemente, degradação do meio ambiente. A partir do entendimento do “Ciclo Lixológico” como o ciclo de geração, transporte e disposição final dos resíduos sólidos, integrando variáveis relativas ao ambiente físico, às características socioeconômicas da população e às condições da infraestrutura urbana existente, torna-se possível a tomada de decisões mais eficiente e mais acertada em termos de planejamento e gestão de resíduos sólidos. Comumente, na ausência de dados primários, são utilizados parâmetros que permitem estimar a quantidade de resíduos sólidos gerados por dada população. Entretanto, acredita-se que a opção por um ou outro parâmetro pode resultar em dados muito diversos. Este trabalho apresenta a estimativa da geração de resíduos sólidos residenciais (i.e., nos domicílios) por meio da construção de seis cenários distintos, utilizando dados socioeconômicos e experimentos de aferição de massa de fraldas infantis. Toma-se a bacia hidrográfica da barragem Mãe d’Água, localizada na divisa de Porto Alegre e Viamão (Rio Grande do Sul) como estudo de caso. Os resultados obtidos mostram que a construção dos cenários conduz a dados diversos entre si. Desta forma, alerta-se para a importância da compreensão dos modos atuais de consumo e eliminação de resíduos sólidos de cada população em seu contexto, com análises comportamentais e coleta de dados in loco.

Introdução

Chamamos de “lixo” uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, dentre eles os resíduos sólidos e rejeitos gerados no dia-a-dia. A geração de resíduos está relacionada aos hábitos de consumo de cada cultura, estando correlacionada ao poder econômico da população.

A existência do homem sempre esteve acompanhada da existência de resíduos, já que sua geração é inevitável. No século XVIII, o êxodo rural, a industrialização, a urbanização e o vertiginoso crescimento da população construíram o cenário para intensificação dos impactos ambientais decorrentes das diversas formas de poluição. Dentre elas, os resíduos acumulavam-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando epidemias e causando morte de pessoas aos milhares. Naquele momento, a solução para os resíduos sólidos não configurava algo complexo, pois era suficiente afastá-lo, descartando-o em áreas mais distantes dos centros urbanos.

Atualmente, com a maioria das pessoas vivendo nas cidades1 e com o avanço mundial da indústria, provocando mudanças nos hábitos de consumo da população, a geração de resíduos sólidos possui diferentes facetas em termos de quantidade e diversidade. No Brasil, os resíduos gerados são constituídos, em sua maior parte, de material orgânico; contudo, nos últimos anos, é expressiva a parcela de produtos descartáveis, principalmente diversos tipos de plásticos. O consumo de produtos descartáveis é atrativo devido à facilidade de manuseio, e este consumo desenfreado, aliado ao descarte inadequado dos resíduos, é visto hoje como um dos maiores problemas ambientais mundiais, pois sua disposição inadequada faz com que os mesmos sejam carreados pelo sistema de drenagem urbana e impulsionem a poluição hídrica.

Autores: Bárbara Maria Giaccom-Ribeiro e Carlos André Bulhões Mendes.

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