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Metabolismo urbano e gestão de resíduos sólidos: um diálogo necessário à gestão de cidades

 

Resumo

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de compreender a influência do conceito de Metabolismo Urbano (MU) nas estratégias utilizadas para a gestão de resíduos sólidos em duas cidades da Região Metropolitana de uma capital do nordeste brasileiro. A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, por meio da análise de conteúdo de 4 entrevistas individuais realizadas em profundidade. Na análise dos resultados, verificou-se que a influência do conceito de MU nas estratégias utilizadas para a gestão de resíduos sólidos nas cidades estudadas é mínima ou ausente, visto que, os gestores públicos envolvidos estão alheios, ou pouco sabem a respeito do conceito em estudo, demonstrando, portanto, uma visão reducionista da gestão de resíduos sólidos. Assim, limitam suas práticas ao serviço de coleta e disposição final de resíduos sólidos.

Introdução

Resíduos sólidos estão presentes desde os primórdios, sendo comumente denominados “lixo” (Andrade &Ferreira, 2011). A vida em sociedade envolve consumo e descarte de produtos essenciais e supérfluos. O nível de consumo é influenciado por expansão urbana e avanço tecnológico, combinados ao crescimento populacional. O meio ambiente tem sofrido transformações e intervenções, associadas ao rápido ciclo inputs-outputs provenientes do consumo intensificado.

As discussões políticas sobre a gestão de resíduos sólidos como um dos grandes problemas de gerenciamento urbano foram intensificadas no início do século XX, quando as indústrias aumentavam suas produções, orientadas pela ascensão social, advinda da Revolução Industrial. Esse cenário foi relatado na Assembleia Geral da ONU, em 22 de dezembro de 1989 e resultou na criação da Resolução nº 44/228 que defende o desenvolvimento de estratégias para cessar ou reduzir os efeitos da degradação ambiental no mundo (Castro & Araújo, 2004). Em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento -ECO-92, durante as discussões da Agenda21, foi definido que os problemas relacionados à gestão de resíduos sólidos deveriam ser fundamentados em quatro pontos, para o desenvolvimento de estratégias eficientes, sendo eles: a diminuição dos resíduos produzidos; a maximização da reutilização e reciclagem dos resíduos; a promoção da disposição e do tratamento; e a ampliação da cobertura no serviço de coleta de resíduos (Castro & Araújo, 2004).

Autores: Rafaela Cajado Magalhaes; Ana Cristina Batista dos Santos; Brenno Buarque; Herus Orsano Machado e Hermano José Batista de Carvalho.

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