Resumo
No setor têxtil existe grande dificuldade para efetuar o gerenciamento eficiente dos resíduos sólidos, principalmente os gerados no setor do corte. As sobras de tecidos acabam sendo alocadas em lugares impróprios causando problemas ambientais. Por outro lado, no setor das embalagens de latas de alumínio, observa-se grande eficiência no gerenciamento dos resíduos. Por esta razão, o setor das embalagens de latas de alumínio pode ser considerado como exemplo da aplicação do conceito de Economia Circular. A partir de pesquisa bibliográfica, demonstramos as principais diferenças entre estes dois setores, de modo a dispor informações que sensibilizem os leitores sobre os impactos que o não aproveitamento dos retalhos têxteis causa, e demonstrar que o setor têxtil pode, e deve seguir o exemplo do setor das embalagens de latas de alumínio. Em 2017 foram produzidas 212 mil toneladas de retalhos têxteis e foram reciclados apenas 20% e, no mesmo ano, foram produzidas 304 mil toneladas de latas de alumínio e foram reciclados 90%. Observa-se uma enorme discrepância entre os setores, no setor têxtil, que produz grande volume de resíduo, não se observa destinação correta do mesmo e sua reutilização ainda é ineficaz. Os retalhos de tecidos necessitam de mudança no descarte para que possam ser utilizados novamente para geração de emprego, renda e na preservação ambiental. Concluímos que a solução para o setor têxtil é a criação de um programa de incentivo que demonstre as vantagens de reutilização dos retalhos têxteis, e, que por meio do conhecimento, façamos que estes “resíduos têxteis” sejam vistos como um produto de valor econômico.
Autores: Rodrigo Antoniassi Cardim; Stella Alonso Rocha e Washington Félix Luiz Santos.