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Prefeitura SP Aterro Sanitário

Prefeitura de SP envia à Câmara projeto de lei que propõe derrubada de 10 mil árvores para ampliar aterro sanitário

Prefeitura SP Aterro Sanitário

A Prefeitura de São Paulo enviou à Câmara Municipal um projeto que prevê a transformação de uma área de preservação ambiental na Zona Leste em aterro sanitário. Para isso, teriam de ser cortadas 10 mil árvores. O local, no entanto, abriga árvores nativas da Mata Atlântica.

Ademais o texto propõe uma mudança no Plano Diretor, permitindo a ampliação do aterro de tratamento de resíduos Leste, em São Mateus, próximo ao local.

Em conclusão o projeto já foi aprovado em primeira votação e passou por uma audiência pública.

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Contudo a oposição e urbanistas afirmam que não foram apresentados detalhes do projeto para debate. Eles argumentam que o terreno possui córregos e a nascente do Rio Aricanduva.

Portanto apesar de o projeto de lei ainda não ter sido aprovado, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente já concedeu a licença ambiental para a derrubada das árvores.

O documento diz que:

  • 10 mil árvores terão que ser derrubadas;
  • Entre elas, 981 espécies nativas da Mata Atlântica.
  • Como compensação, serão plantadas 10.147 mudas com altura mínima de 1,3 metro.

Em suma para o urbanista Kazuo Nakano, integrante do Conselho Municipal de Política Urbana, o projeto não passou pelos conselhos necessários para ser aprovado.

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O processo está sendo enfiado goela abaixo, e as instâncias institucionais estão sendo completamente escanteadas e ignoradas neste processo. O mais importante é fazer essa discussão com as comunidades que estão vivendo em volta da área”, afirma.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou que a “o empreendimento mencionado cumpre rigorosamente as exigências ambientais e foi autorizado pelos órgãos licenciadores, entre eles, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), que concedeu Licença Ambiental de Instalação Prévia. O empreendimento também conta com Termo de Compromisso Ambiental (TCA) já firmado. O Projeto de Lei segue em debate junto ao Legislativo e pode ser acompanhado pela população”.

Fonte: G1.

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