Skip to content
domingo, julho 3, 2022
Últimas Notícias:
  • Uso de água no Brasil: o papel do efeito tecnológico
  • 8 dos 10 municípios que mais emitem gases do aquecimento global no Brasil estão na Amazônia
  • Os 3 benefícios da medição de água inteligente
  • Emergência oceânica: alerta contra plásticos, pesca predatória e mineração
  • Microplásticos: Contaminantes de Preocupação Global no Antropoceno
Portal Saneamento Básico

Portal Saneamento Básico

O maior portal de Saneamento Básico da internet!

  • Notícias
    • Abastecimento de Água
    • Drenagem
    • Esgoto
    • Resíduos Sólidos
    • Opinião
    • Outros
  • Acervo Técnico
    • Abastecimento de Água
    • Drenagem
    • Esgoto
    • Resíduos Sólidos
    • Outros
  • Guia de Compras
  • Licitações
  • Vagas
  • Eventos e Cursos
  • Vídeos
  • Mídia Kit
  • Login

Uso inovador de água em um ambiente urbano

  • Drenagem
  • abril 9, 2019

Em vez de esperar pela escassez de água e reagir a uma crise, a Comissão de Serviços Públicos de São Francisco (EUA) está forjando seu próprio futuro, e o de outros, ao abrir um rastro de práticas e políticas de reutilização de água.

De Paula Kehoe e Taylor Chang

A seca, as mudanças climáticas, os eventos climáticos extremos e o crescimento populacional colocaram os gestores da água em uma encruzilhada. Nossos modelos de gestão de água do século XX adotam uma abordagem linear: entrada e saída de água. Construir a resiliência da água exigirá que repensemos nossos modos antigos e transformemos nossos sistemas.

A boa notícia é que os gestores de água em todo o mundo estão começando a pensar sobre as sinergias e o potencial de recursos através da água, energia e águas residuais. Essa abordagem “One Water” nos leva a repensar nossa infraestrutura, colaborar com disciplinas, adaptar nossa governança e envolver nossas comunidades.

“Sistemas Onsite de água não potável estão transformando a maneira como vivemos e fazemos negócios em São Francisco.”

A Comissão de Serviços Públicos de São Francisco (SFPUC) adotou uma abordagem OneWaterSF para gerenciar nossos recursos finitos baseado na resiliência e confiabilidade a longo prazo. Cultivando uma forma de conjeturar um projeto de cada vez a fim de pensar de forma mais holística sobre os impactos e potenciais sinergias entre nossas operações de água, esgoto e energia.

Construindo a Sustentabilidade

Demonstrando seu compromisso, a sede da SFPUC incorpora um sistema de água descentralizado no local para coletar e tratar as águas residuais geradas no edifício. O Living Machine ™ captura a água negra e a trata para reutilização de banheiros e descarga de urinóis, resultando em 60% menos uso de água em comparação com prédios de tamanhos semelhantes.

uso-da-agua

O Living Machine ™ do SFPUC

Como este foi o primeiro edifício em São Francisco, e um dos primeiros edifícios no país a fazer tratamento de águas negras no local, a SFPUC enfrentou desafios, já que os padrões de exigência a qualidade da água e a orientação de permissão não existiam. No entanto, reconhecendo o potencial para reduzir o uso de água potável em novos edifícios, a comissão colaborou com o Departamento de Saúde Pública, Departamento de Inspeção de Edifícios e com o San Francisco Public Works para estabelecer o Programa de Água Não-Potável de São Francisco. Juntas, as quatro agências fornecem supervisão e gerenciamento do uso de água não potável para garantir que os sistemas protejam a saúde pública.

Em 2012, São Francisco tornou-se a primeira cidade dos EUA a adotar uma legislação inovadora para otimizar o processo de licenciamento com a finalidade de permitir que os edifícios coletem, tratem e usem águas cinzas, negras, pluviais e de drenagem no local para atender à edificação com água não potável em demandas como descarga de vasos sanitários, resfriamento e irrigação. Atualmente, é obrigatório que todos os novos projetos de desenvolvimento comercial, de uso misto e multifamiliar com mais de 23.225 metros quadrados instalem e operem um sistema de água não potável no local. Atualmente, mais de 80 projetos em São Francisco estão em andamento com planta, licenciamento e operação, dos quais cerca de 70% são projetos são de coleta de água da chuva. Os projetos restantes estão implementando uma combinação de sistemas de drenagem de fundação, águas cinzas e tratamento de águas negras.

Ao abrir caminho para novas formas de coletar e tratar a água para reutilização em prédios e bairros de São Francisco, criamos a oportunidade de construir nossa infraestrutura de água descentralizada, integrando sistemas menores de tratamento Onsite com o objetivo de produzir água adequada para irrigação e descarga em sanitários nos ajudando a preservar e ampliar nossos suprimentos de água potável. Esses sistemas de água não potável estão transformando a maneira como vivemos e fazemos negócios em São Francisco.

Como líder no uso inovador da água em um ambiente urbano, a SFPUC também está dirigindo esforços para a pesquisa que visa mensurar o potencial do reuso de água, para fins potáveis em escala real. Por meio de uma parceria com a Water Research Foundation e o US Bureau of Reclamation, a SFPUC está auxiliando na promoção do diálogo sobre a reutilização potável com a PureWaterSF. Compondo as tratativas iniciais, esboçou-se um projeto piloto de nove meses que levará água tratada da Living Machine ™, prédio onde se localiza a SFPUC, até a sede da PureWaterSF atendendo padrões de potabilidade. O piloto será equipado com membranas de ultrafiltração, osmose reversa e contará com oxidação avançada e desinfecção por ultravioleta. Após a coleta de dados, a água tratada será bombeada para descarga de vasos sanitários no prédio.

Expansão da reutilização Onsite

Além de contribuir para o desenvolvimento de regulamentos para reutilização potável, a SFPUC também está envolvida no avanço da reutilização de água onsite em cervejarias. Em resposta ao crescente interesse das cervejarias em São Francisco, e na ausência de regulamentos claros sobre a reutilização da água oriunda dos processos dessa indústria, a SFPUC desenvolveu diretrizes de tratamento e qualidade objetivando a reutilização desses recursos hídricos. Fontes, como água de processo de filtração, produção e embalagem, podem ser tratadas para produzir água adequada para reutilização no enxágue de tanques, lavagem de garrafas, embalagens e limpeza do local.

A SFPUC reconhece que, à medida que os regulamentos evoluem, a reutilização da água onsite pode ser feita de forma segura e confiável, e deve ser realizada de modo que proteja a saúde pública e beneficie a comunidade. Assim, a qualidade da água e as diretrizes de tratamento para as cervejarias refletem estratégias de controle de sólidos, patógenos, matéria orgânica e químicos. Essas diretrizes são consistentes com os elementos críticos dos padrões de segurança alimentar e dos padrões municipais de água potável.

Desde o lançamento do Programa de Água Não Potável, a SFPUC assumiu a liderança em um esforço nacional para avançar no campo da reutilização de água no local. Trabalhando com parceiros como a Water Research Foundation e a US Water Alliance, a SFPUC convocou um grupo diversificado de empresas do setor público, municípios e departamentos de saúde pública de toda a América do Norte para enfrentar os desafios à adoção generalizada da reutilização de água onsite. Apesar da ampla gama de benefícios, a adoção desses sistemas foi limitada por barreiras políticas e regulatórias. Primeiro, há uma atual falta de padrões nacionais de qualidade da água para esses sistemas. Em segundo lugar, as comunidades carecem de orientação sobre como estabelecer programas de supervisão e gestão.

Sob a condução da SFPUC, líderes de serviços públicos e agências de saúde de todo os EUA, incluindo Califórnia, Nova York, Havaí, Oregon, Minnesota e Washington, se reuniram para abordar a necessidade da criação de padrões consistentes de qualidade da água de estado para estado. Esses esforços culminaram na publicação do Risk-Based Framework for the Development of Public Health Guidance for Decentralized Non-Potable Water Systems, financiado e patrocinado pela Water Environment & Reuse Foundation. O relatório utilizou a modelagem quantitativa de avaliação microbiana de riscos preponderantes (QMRA) para desenvolver metas de redução de log baseadas em desempenho para o tratamento de patógenos, com base nos possíveis riscos à saúde associados à sua exposição. Um painel consultivo independente de especialistas técnicos nas áreas de avaliação de riscos, microbiologia e normas e padrões de qualidade da água preparou a estrutura baseada em riscos preponderantes com os objetivos de avaliar os padrões existentes de qualidade de água para fontes alternativas, desenvolvendo recomendações para ajudar os reguladores a implementar supervisão e programas de gestão e estabelecimento de padrões uniformes entre os estados. Esta abordagem baseada nos parâmetros de riscos preponderantes é considerada a mais abrangente e protetora da saúde pública.

Em 2016, a National Blue Ribbon Commission for Onsite Non-potable Water Systems foi formada para promover as melhores práticas de gestão e conduzir pesquisas para apoiar o uso de sistemas de água onsite. A Comissão é composta por 36 representantes de agências de saúde pública, água e águas residuais e é o resultado de mais de quatro anos de trabalho liderados pela SFPUC, US Water Alliance e a Water Research Foundation.

A National Blue Ribbon Commission desenvolveu ferramentas adicionais para incentivar a reutilização onsite como uma estratégia eficaz no planejamento de recursos hídricos e resiliência a longo prazo. A Comissão divulgou recentemente o relatório Making the Utility Case for Onsite Non-potable Water Systems para inspirar as empresas de água e esgoto e agências governamentais locais a considerar a incorporação de sistemas descentralizados de água não potável em seus recursos hídricos e seu consequente planejamento no longo prazo. O documento fornece estudos de caso e destaca os benefícios dos sistemas de água onsite nas comunidades em todo os EUA. O documento também oferece soluções para os desafios que as concessionárias enfrentam com esses sistemas de água.

Com base nesta pesquisa abrangente e no trabalho que foi concluído pela SFPUC, a legislação para sistemas de água não potável onsite foi introduzida no início deste ano a fim de estabelecer regulamentos estaduais na Califórnia por meio do Projeto de Lei do Senado 966 (SB 966). Escrito pelo senador Scott Wiener e patrocinado pelo SFPUC, o SB 966 orienta o Conselho Estadual de Controle de Recursos Hídricos a estabelecer padrões de qualidade de água baseados em parâmetros de riscos preponderantes para sistemas de água não potável onsite, bem como critérios de monitoramento, relatórios, notificações, informações públicas, requisitos e controles de conexão cruzada. Este projeto de lei está cultivando uma mudança no pensamento sobre como proteger melhor a saúde pública por meio da adoção de padrões de qualidade de água baseados nos riscos preponderantes, que são considerados os mais protetores e avançados.

Embora esses esforços representem um passo significativo para simplificar as abordagens regulatórias, a National Blue Ribbon Commission identificou uma necessidade adicional de instrução e treinamento para as jurisdições locais e suas partes interessadas em traduzirem a orientação de saúde pública baseada em riscos preponderantes no projeto, operação e regulamentação eficazes de sistemas de água não potável onsite. No próximo ano, a Comissão desenvolverá um manual que abordará esses temas. O objetivo desse material será o de educar as partes interessadas sobre os requisitos necessários para o tratamento e monitoramento além de fornecer ​​orientações e materiais de treinamento que possam ser adaptados e implementados por jurisdições que buscam efetivar um programa de água não potável onsite.

O futuro exigirá que todos nós respondamos de maneira diferente de como no passado. Todos seremos confrontados com a criação de novas soluções para novos desafios que afetam a infraestrutura de água e esgoto. Os sistemas de água não potável onsite apresentam uma oportunidade de melhorar nossos atuais sistemas e aumentar nossa capacidade de sermos mais resilientes no futuro.

Fonte: Water Online, adaptado por Portal Saneamento Básico

Traduzido por Pedro Carvalho Oliveira

AnteriorAnteriorAvaliação do desempenho de aerador mecânico superficial tipo escova rotativa de eixo horizontal em lagoas de tratamento de esgoto com profundidade superior a 2 metros
PróximoPrefeitura adota tecnologia para potencializar fiscalização de grandes geradores de resíduosPróximo

Deixe um comentário Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Ultrafiltração

Capacitação e Treinamento

Capacitação e Treinamento

Acervo Técnico

Uso de água no Brasil: o papel do efeito tecnológico

0 min de leitura

Nesse contexto, o objetivo deste artigo é investigar o papel do efeito tecnológico sobre as variações no volume utilizado de água no Brasil entre 2013 e 2017.

Microplásticos: Contaminantes de Preocupação Global no Antropoceno

2 min de leitura

Aqui apresentamos uma visão geral da indústria do plástico, os microplásticos como contaminantes no Antropoceno e revisamos a literatura sobre a contaminação por microplásticos em matrizes ambientais brasileiras com suas respectivas metodologias.

Vídeos

bf-dias

B&F Dias presente no Fórum de Saneamento e Recuperação Energética

0 min de leitura

Os executivos da empresa, Felipe Medeiros e Pedro Amaral, estiveram presentes no Fórum de Saneamento e Recuperação Energética que aconteceu em abril de 2022 na cidade de São Paulo.

Desidratação de Lodo Pieralisi

Conheça as soluções para secagem e desidratação de lodo de ETA, ETE e ETDI da empresa Pieralisi

1 min de leitura
tequaly

Você já conhece a estrutura da Tequaly?

0 min de leitura
bf-dias

B&F Dias diversifica sua linha de produtos e também é solução para tratamento de água

0 min de leitura

Eventos e Cursos

XIII BENCHMARKING INTERNACIONAL RESÍDUOS SÓLIDOS

O BENCHMARKING acontece em Portugal, com inicio no sábado, 02 de julho, na cidade do Porto e término em Lisboa no sábado, 09 de julho.

Mais informações »

Tratamento de Águas de Abastecimento – Sistemas Convencionais e Técnicas Avançadas

Dias 21, 26 e 28 de julho. Das 08:30 às 18:00

O objetivo do curso é apresentar e discutir os principais processos unitários envolvidos no tratamento de águas de abastecimento, seja utilizando sistemas convencionais.

Mais informações »

Tratamento de esgotos, lodos e polimento de efluentes com sistemas wetlands construídos

Data: 03/08

O objetivo desse curso é apresentar o potencial dos principais usos dessa tecnologia para o setor de saneamento, instruindo os participantes a selecionar arranjos, pré-dimensionar sistemas, avaliar viabilidades e comparar esta tecnologia com outras opções tecnológicas em aspectos operacionais, ambientais e econômicos. 

Mais informações »

Parceiros

suez
logo-bioproj
paques-logo-home.jpg
clean environment brasil
bf-dias
DENORA
logo-netzsch
aquamec
Conaut
Superbac
Penetron

Sobre Nós

Como mostrar o que acontece e o que acontecerá para os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com águas de abastecimento público, esgotos domésticos, resíduos sólidos urbanos, micro e macro drenagem? Quais serão as próximas leis, investimentos e ações que vão impactar sua cidade ou seu negócio?

Continuar lendo…

Anuncie Conosco

Clique Aqui!

Endereço

Alameda dos Jurupis, 1005 – Salas 111 e 112, São Paulo/SP – CEP: 04088-003

Telefone

(11) 3473-1207

Newsletter

 ©2022 Portal Saneamento Básico. Todos os Direitos Reservados.