saneamento basico
corrego-poluido

Despoluição do Ribeirão Quilombo vê avanço, mas tem Sumaré/SP como gargalo

Imagem Ilustrativa

Os índices de tratamento do esgoto dos municípios por onde passa o Ribeirão Quilombo avançaram nos últimos anos, contribuindo para a revitalização do manancial. Porém, Sumaré ainda permanece como gargalo no processo de despoluição.

Investimento de cidades nos últimos anos tem ajudado a melhorar situação do ribeirão, mas maior trecho ainda sofre com o esgoto

Conforme dados apresentados em reunião do grupo técnico do Consórcio PCJ, na última semana, o índice de tratamento do esgoto, em Sumaré, era 27% em 2017. O percentual continua o mesmo, segundo o Painel de Saneamento Básico do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) de 2020.

Nos demais municípios por onde passa o curso d’água, os índices evoluíram. Em Hortolândia, saltou de 90% para 98%; em Campinas, passou de 93% para 95%; e em Nova Odessa e Paulínia, que antes tinham índices de 94% e 88%, respectivamente, atingiram 96%. Já Americana, saiu dos 44% para 61% do esgoto tratado.

Com o menor índice entre os municípios, Sumaré possui um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) junto ao Ministério Público para ampliar o tratamento do esgoto para 100%. Para atender essa meta, a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de abastecimento do município, pretende construir duas estações de tratamento, a Tijuco Preto e a Quilombo.

Em nota, a BRK Ambiental afirma que já concluiu a etapa de terraplanagem e se prepara para o início da construção da estação de tratamento Tijuco Preto. Após o término dessa obra, começará a estação Quilombo.

Segunda cidade com menor índice de tratamento, Americana afirma que atualmente não possui lançamento de esgoto in natura no ribeirão. Em nota, destaca que a Secretaria de Meio Ambiente mantém ações de revitalização do manancial junto ao PCJ.

De acordo com o consórcio, em Americana, a modernização na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Carioba viabilizará a ampliação do volume de tratamento de 350 litros por segundo para 600 litros por segundo, além de manutenção e correção de problemas em estações elevatórias de esgoto e substituição do coletor tronco.

Na reunião realizada na última semana, o Consórcio PCJ também conseguiu que o Projeto de Revitalização do Ribeirão Quilombo fosse inserido como ação de planejamento regional no Plano de Bacias PCJ 2020-2035.

Avanços

Secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz avalia como positivos os trabalhos de despoluição do ribeirão.

“Vencemos a etapa de sensibilização da sociedade e gestores públicos. O diagnóstico das características da bacia, estudos existentes e a participação de todos em prol da implementação das ações e as mesmas passaram a ocorrer”.

De acordo com ele, o plano de macrodrenagem previa a instalação de 13 reservatórios, sendo que quatro já foram instalados e outros estão em estudo para implantação. Das 600 mil mudas necessárias para recuperação ciliar, 120 mil já foram plantadas.

“Temos que levar à frente a implantação total dos planos de macrodrenagem e plantio ciliar, procurar chegar a 100% do tratamento dos esgotos e demais medidas que envolvem principalmente as cargas difusas, que são as poluições que muitas vezes não se têm controle direto, mas que chegam até o rio”, diz o executivo.

Lahóz enfatiza que essas ações, em nenhum momento, devem ser interrompidas. São elas, segundo ele, que permitirão ao Ribeirão Quilombo se tornar, até 2035, um rio em classe três, o que significa estar pronto para abastecimento humano (após tratamento), para ser usado em irrigação de culturas arbóreas, entre outras, e para pesca amadora e recreação.

Fonte: Liberal.

Últimas Notícias: