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Doenças relacionadas a falta de saneamento básico consumiram R$ 11 milhões

Doenças Falta Saneamento Básico

Por: Gerson Severo Dantas

Um levantamento da Associação (Abcon) e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), divulgado nesta segunda-feira (12), mostrou que entre 2021 e 2023 foram gastos R$ 11.623.857,75 no Amazonas com pacientes acometidos de doenças relacionadas ao saneamento básico.

Esse valor foi gasto para tratar, em média a cada ano, 8.187 pessoas internadas com doenças relacionadas a falta de saneamento básico em todo o Amazonas. Deste total, 1.316, na média, foram a óbito por causa dessas doenças.

O levantamento foi feito com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e mostra que essas doenças foram responsáveis em todo o Brasil por aproximadamente 1 milhão de internações e 210 mil mortes. As despesas com essas internações chegaram a R$ 2,2 bilhões (R$ 740 milhões a cada ano).

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Conforme os analistas da Abcon/Sindicon, a relação entre a falta de saneamento e a incidência de doenças que causam mortes e sobrecarregam de custos a saúde pública é algo reconhecido mundialmente.

Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a cada US$ 1 investido em saneamento se economiza US$ 5,50 em saúde.

Doenças Falta Saneamento Básico

O saneamento básico, segundo definição do Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020). é formado por quatro eixos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos (limpeza urbana e coleta de lixo) e manejo de águas pluviais (drenagem urbana).

Um dos pontos principais do Marco Legal trata da universalização dos serviços de saneamento básico, sendo que o principal determina o atendimento de 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033.

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Na capital amazonense, a concessionária Água de Manaus afirma que o serviço de abastecimento de água foi universalizado no ano passado e hoje alcança mais de 2 milhões de pessoas.

Já o serviço de recolhimento e tratamento de esgotos está estacionado em aproximadamente 30% da cidade e para alcançar a meta de universalização até 2033, a concessionária, em parceria com a Prefeitura de Manaus, lançou em janeiro o programa Trata Bem Manaus, que prevê investimento de R$ 2 bilhões.

“O trabalho será dividido em três etapas. Na primeira, que irá até 2027, a capital chegará ao dobro da atual cobertura de esgoto, com 60% de alcance. Neste período, serão instalados mais de 1 milhão de metros de rede coletora de esgoto. A estimativa é que aproximadamente 940 mil pessoas sejam beneficiadas no período“, disse a época nota da empresa .

Fonte: Real Time.

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