A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião ontem, o plano de recuperação e correção das falhas e transgressões das distribuidoras do Grupo Rede. A aprovação do plano, apresentado pela Energisa, é passo importante para a conclusão da aquisição do grupo Rede pela companhia.
Com a decisão, a agência também instituiu regime excepcional de sanções e regulatório para as oito distribuidoras – Cemat, Celtins, Enersul, Caiuá, Bragantina, Nacional, EDEVP e CFLO.
A Aneel declarou que as concessionárias continuam sob intervenção, até que seja dada a anuência para a transferência do controle societário do grupo Rede para a Energisa.
O plano de aquisição do Rede foi submetido à Aneel em outubro deste ano. De acordo com relatório publicado pela agência de classificação de risco de crédito Fitch, o plano compreende a incorporação de R$ 4,8 bilhões em dívidas líquidas do grupo paulista, incluindo o pagamento de R$ 500 milhões aos credores.
“A integração impõe um significativo desafio para a Energisa, em termos de crédito e de operações, uma vez que as subsidiárias do grupo Rede operam em uma extensa área e apresentam desempenho operacional abaixo da média“, afirmou a agência.
A Fitch prevê que a Energisa faça uma emissão de dívida para financiar investimentos imediatos nas distribuidoras adquiridas e que refinancie a dívida das subsidiárias do grupo Rede
O plano de aquisição já foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e também já foi submetido aos credores das holdings do grupo Rede, que era controlado pelo empresário Jorge Queiroz.
Após idas e vindas, o juiz da recuperação judicial entendeu que os credores aprovaram a proposta da Energisa, apesar das contestações apresentadas por uma parte dos detentores de títulos emitidos pelo Rede no mercado americano.
Fonte: Valor Econômico
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