Um dos maiores aterros sanitários de São Paulo, em Osasco, foi fechado nesta terça-feira (18) por falta de condições ambientais para armazenamento do lixo. O local recebia 800 toneladas por dia.
A Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) considerava o aterro inadequado e pedia uma série de mudanças, que não aconteceram.
O aterro tinha 26 anos. Em 2008, passou a ser administrado pela Eco Osasco numa Parceria Público Privada com a Prefeitura. A área foi lacrada e nenhum caminhão pode entrar. Gestão municipal disse que empresa ainda não informou para onde o lixo da cidade será levado. Eco Osasco precisa apresentar uma solução, caso contrario, será acionada judicialmente.
A mistura de lixo orgânico com o da construção civil causava instabilidade no terreno e insegurança para os moradores do bairro Açucará, que fica aqui ao lado do aterro. O medo é que todo lixo e a terra caísse sobre as casas.
Em outra parte do aterro, a terra usada para cobrir o lixo foi se acumulando. Passou dos 817 metros autorizados pela Cetesb. E corria o risco de desabar. A empresa já havia sido multada pela irregularidade.
“Primeiro lugar, risco à saúde, disposição de aterro irregular compromete o lençol freático, o solo, mas nesse caso em especial, um risco ainda maior, que é o risco de desmoronamento desse aterro, do lixo que está aqui exposto, desmoronamento em cima dos barracos que deveriam ter sido retirados e não foram”, explicou o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Com o fechamento, sobram ainda no estado oito aterros irregulares. Em Juquitiba, Areiópolis, Arandu, Apiaí, Barra do Chapéu, Guapiara, Nova Campina e Pedro de Toledo. Juntos, eles recebem oitenta toneladas de lixo por dia.
Fonte: G1