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Suécia quer acabar com o consumo excessivo através de impostos

Mundialmente, cerca de 50 bilhões de toneladas de resíduos eletrônicos são jogados fora por ano. Uma das principais razões para isso é que, na maioria dos países, é mais barato comprar algo novo do que consertar o antigo. Para inverter esse cenário, a Suécia vai mudar sua política de impostos.

A proposta vem do partido do governo sueco, Social Democrata, e dos Partidos Verdes. O plano é diminuir de 25% a 12% os impostos sobre o reparo de bicicletas e sapatos. Os suecos também poderão restituir metade do custo do trabalho sobre os consertos de linha branca – como geladeiras e máquinas de lavar – do imposto de renda.

Juntas, essas reduções de impostos devem custar ao país cerca de US$ 54 milhões por ano. Porém, a cifra será mais do que compensada pelo novo “imposto químico”, que deve render US$ 233 milhões ao ano. Essa taxa tem como objetivo “prejudicar” as pessoas que compram novos produtos. O “imposto químico” vai deixar mais caro os eletrodomésticos e computadores, para compensar o “custo” desses produtos para a natureza, já que são mais difíceis de serem reciclados.

“Se queremos resolver os problemas de sustentabilidade e do meio ambiente, precisamos trabalhar no consumo”, explicou o Ministro do Mercado das Finanças e do Consumo da Suécia, Per Bolund.

No ano passado, a França adotou uma lei que também prioriza a sustentabilidade, mas não foca no custo para consertar produtos quebrados. Agora, as empresas francesas devem identificar em cada produto o tempo de duração deles, e se eles quebrarem nos primeiros dois anos de uso, a troca ou a reparação é de graça.

Já no Brasil, existe a Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma Lei, feita em 2010, que responsabiliza as empresas e os fabricantes pelo ciclo de vida do produto. O objetivo é que as empresam assumam a responsabilidade de descartar os produtos de maneira adequada.

Independente de leis, algumas empresas também adotam modelos mais sustentáveis. A Apple, por exemplo, nos EUA, tem o Programa de Reuso e Reciclagem, que os clientes podem trocar os seus aparelhos – como iPhone e iPad – por novos produtos ou vales presentes com um valor que esteja de acordo com o modelo e o estado do aparelho.

FOTO: Oke/Wikipédia
Fonte: Época Negócios

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