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Caesb 55 anos

Caesb chega aos 55 anos com projeção de R$ 2,8 bilhões investidos até 2027

Caesb 55 anos

Por Catarina Loiola e Victor Fuzeira

Responsável pela água que chega tratada e com qualidade às torneiras dos brasilienses, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) chega aos 55 anos com quase R$ 1,5 bilhão investidos nos últimos cinco anos em manutenção, expansão e melhorias do atual sistema de captação de esgoto e água da capital federal.

A meta é investir mais de R$ 2,8 bilhões até 2027.

Empenho que traz resultados: o DF é, hoje, a unidade da federação com maior taxa de esgoto tratado do país, segundo dados do Instituto Trata Brasil, e está entre as 10 com melhor esgotamento do país, conforme levantamento do jornal Folha de S.Paulo, a partir de cruzamento de dados do Censo e da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o jornal, o DF concentra o segundo maior percentual de moradores com esgotamento adequado (94,1%), ficando atrás apenas de São Paulo (94,5%). Os índices fazem a capital federal performar em níveis de países desenvolvidos, como Suécia, Bélgica e Portugal.

“Atendemos 99% da população do DF com água tratada e 93% com coleta de esgoto. São 18 mil km de extensão de redes, sendo 10 mil km de água e 8 mil km de esgoto. Daria para ir até o outro lado do mundo com a rede que temos enterrada hoje no Distrito Federal”, destaca o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis.

Caesb 55 anos

Atualmente, o DF conta com 13 estações de Tratamento de Água (ETAs), 16 estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e 102 elevatórias de esgoto.

Desde 2019, a companhia investiu R$ 1 bilhão em obras de expansão em melhorias do sistema de água e esgoto; de eficiência energética; modernização da infraestrutura da rede; e na consolidação do sistema de tecnologia de informação da Caesb. “Fomos até premiados como uma das 100 melhores empresas do Brasil em sistemas de TI”, ressalta Reis.

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No mesmo período, foram empenhados quase R$ 500 milhões em serviços de ampliação e manutenção da rede atual. Para 2024, serão mais R$ 250 milhões revertidos em obras de saneamento e distribuição de água. “Temos um plano de expansão de longo prazo que prevê investir mais R$ 2,8 bilhões até o final de 2027”, projeta.

“Para isso, estamos buscando financiamentos internacionais. Já conseguimos, recentemente, a aprovação de dois empréstimos: um de US$ 100 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e outro de 50 milhões de euros junto ao Banco de Desenvolvimento Alemão”, prossegue o presidente da empresa.

Projetos futuros

Entre os maiores objetivos da Caesb estão a expansão das áreas de atendimento, sobretudo as de vulnerabilidade social, a interligação do sistema e a redução do índice de perda de água.

Um dos projetos em andamento é a implementação do sistema de abastecimento no Setor Habitacional Nova Colina e do saneamento integrado do Santa Luzia e Morro da Cruz. No Setor Nova Colina, o sistema terá cerca de 27 mil metros, com aporte na ordem de R$ 11,6 milhões, e beneficiará 17 condomínios e mais de 13 mil pessoas. As obras já estão em andamento e os primeiros hidrômetros foram entregues no Assentamento Dorothy Stang, no dia 9.

Outra obra que também levará maior segurança para a população é a construção da Subadutora de Água Tratada (SAT) Gama. Com investimento de quase R$ 90 milhões e já em curso, a obra vai aliviar o sistema Torto/Santa Maria. Interligando a ETA Corumbá à região do Jardim Botânico e adjacências. O benefício alcançará mais de 340 mil moradores do Setor Habitacional Tororó, Lago Sul, São Sebastião e Jardim Botânico, incluindo os futuros residentes do loteamento Aldeias do Cerrado, complexo urbanístico planejado pelo GDF e localizado no Núcleo Rural Nova Betânia.

Saneamento

Desde 2021, o Distrito Federal atende os níveis de universalização previstos no Marco Legal do Saneamento Básico. A lei federal determina que, até 2033, 99% da população receba água potável e 90% tenha acesso a coleta e tratamento. A Caesb, além de fornecer água potável para 99% da população, faz a coleta de 92% de todo o esgoto gerado e trata 100% dele. Desses, 87% dos resíduos são tratados a nível terciário, um dos mais elevados em relação às demais unidades da federação.

“Hoje temos o nível terciário de tratamento de esgoto, em que são removidos poluentes específicos como os micronutrientes fósforo e nitrogênio”, aponta o presidente. “Esse é o nível mais adequado para os nossos rios, e estamos com o sistema de tratamento de água atualizado. Do mesmo modo, trabalhamos para renovar os investimentos feitos no passado, entendendo que é preciso que as tubulações sejam renovadas e reparadas, para que possamos diminuir ao máximo a perda de água”, esclarece.

O DF é a sexta unidade da Federação que menos perde água potável nas distribuições, de acordo com o Instituto Trata Brasil. A capital tem cerca de 35,07% de desvio de água, ficando atrás de São Paulo (34,50%), Santa Catarina (35,06%), Paraná (33,75%), Mato Grosso do Sul (33,40%) e Goiás (28,54%). As causas para as perdas são pequenos vazamentos que podem ocorrer em canos, torneiras, adutoras, entre outras conexões.

Fonte: AB.

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