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BNDES quer sair da CAB Ambiental

Sem alarde e sem muito barulho, o BNDES decidiu aproveitar o momento da venda da CAB para se desfazer de seus 33% da participação na Companhia, deixando assim 100% do capital da empresa, e se retirando da operação

Como foi a Compra das Ações:

A CAB Ambiental, empresa do grupo Galvão que opera concessões e parcerias público-privadas (PPP’s) em água e esgoto, está vendendo mais de um terço de suas ações ao BNDESPar. Ontem, a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a compra da fatia da companhia.

Hoje, 100% das ações da CAB são da holding do grupo Galvão, a Galvão Participações. Pela aquisição de 33,42%, o BNDESPar pagará R$ 120 milhões. A injeção de capital proporcionada pelo banco será usada nos projetos em andamento e em possíveis novos contratos da companhia, que só presta serviços para o setor público – diferente de outras empresas do setor, que também trabalham para a iniciativa privada, como gestão de resíduos e de efluentes da indústria. Segundo Yves Besse, presidente da CAB, o plano de crescimento inclui tanto novos projetos em licitações como aquisições de outras companhias no setor.

Segundo Besse, a CAB foi criada em 2006 com um plano de expansão que seria primeiramente bancado pelo próprio grupo e, em um segundo momento, por novos investidores. Para cumprir o planejamento traçado, foram iniciadas conversas com o BNDES em meados de 2010. As negociações foram interrompidas, segundo Besse, pela ideia do IPO – frustrado em março de 2011 pelas baixas ofertas do mercado. “Entendemos que não era o momento certo de fazer [a oferta na bolsa]”, diz.

Com o cancelamento do IPO, a CAB voltou à ideia original de buscar um investidor estratégico, que poderia ser o BNDESPar ou ainda o International Finance Corporation (IFC, braço financeiro do Banco Mundial) – conforme adiantou oValor em agosto.

Além de proporcionar capital, a entrada do BNDESPar como sócio vai dar maior credibilidade à empresa frente ao mercado em uma possível volta plano de abrir o capital – dentro do grupo Galvão, a ideia é que a oferta pública inicial de ações aconteça em 2013, embora especialistas do mercado questionem a viabilidade desse prazo.

Mesmo sem IPO, os investimentos sondados pela CAB no negócio de saneamento chegam a R$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos. Esse número inclui possibilidades de PPP’s e concessões.

A mais recente conquista da empresa foi a concessão para serviços de água e esgoto no município de Cuiabá (Mato Grosso). A CAB derrotou a concorrente Foz do Brasil (do grupo Odebrecht) no processo licitatório oferecendo tarifa básica de R$ 19,90 – a Foz propôs dez centavos a menos. O contrato da CAB tem prazo de 30 anos e, pela outorga, deverão ser pagos R$ 516 milhões. Ao todo, serão necessários investimentos de R$ 900 milhões no projeto.

Também são sondadas pela CAB pelo menos duas outras PPP’s em estudo pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp. Há também uma proposta de PPP para a companhia de saneamento de Alagoas, a Casal, em avaliação desde 2009. O projeto exigirá um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões e alcançaria 80 mil moradores da região.

Como será a venda: 

Laudo Ecômico Financeiro CAB : http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo1.pdf

Laudo de Ativos: http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo2.pdf

Minuta de Debêntures: http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo3.pdf

Minuta de Cessãp Fiduciária: http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo4.pdf

Nota Promissória : http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo5.pdf

Formulario de CRedores: http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo6.pdf

CRedores Micro Empresas http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo7.pdf

Descritivo dos Créditos existentes: http://www.galvao.com/pdfs/release/versao3/Anexo8.pdf

 

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