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Conta da Copasa fica 15,04% mais cara a partir de maio

A partir de 13 de maio, a conta de água dos mineiros que vivem nos 635 municípios atendidos pela Copasa ficará 15,04% mais cara. O reajuste foi autorizado nesta sexta-feira pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG). O percentual é quase o dobro da inflação oficial dos últimos 12 meses medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi de 8,13%.

O reajuste é o mesmo para todas as classes de consumo: residencial, comercial, industrial e tarifas públicas. De acordo com a Arsae, para usuários residenciais com consumo de 10 mil litros de água por mês e serviço de coleta de esgoto, o aumento na conta mensal será de R$ 5,20. O valor passará de R$ 34,67 para R$ 39,87.

Usuários beneficiados pela tarifa social instituída em 2012, com consumo de 10 mil litros de água por mês e serviço de coleta de esgoto, terão um aumento na fatura de R$ 3,55, com o valor da conta passando de R$ 23,57 para R$27,12. Cerca de 630 mil famílias estão nessa categoria.

O fator que mais pesou, segundo a Arsae-MG, foi a conta de luz, responsável por 5,58 pontos percentuais do índice total autorizado. Os gastos da Copasa com a sua conta de luz subiram 62,22% no período. “Os gastos com energia pesaram muito. Entraram na conta as bandeiras tarifárias, o reajuste extraordinário da Cemig e esse último, da semana passada”, diz o diretor geral da Arsae, Antônio Caram Filho.

Economia. Ele diz que um dos efeitos do preço mais alto da água pode ser a redução do consumo, que seria bem-vinda no contexto de crise hídrica. “O momento ainda é de economia. Para evitar o racionamento e a tarifa de contingenciamento dependemos das chuvas, que não podemos controlar, e da economia”, diz Caram.

Em janeiro, a Copasa lançou um apelo para que a população reduzisse em 30% o consumo de água. De acordo com balanço divulgado pela empresa no início de março, apenas17,43%dos consumidores conseguiram atingir essa meta e menos da metade (43%) reduziram o consumo em alguma proporção. Já 27,59% dos consumidores passaram a gastar mais e 38% mantiveram a mesma média.

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